O bom humor também está relacionado com a saúde física, porque indivíduos bem-humorados apresentam maior produção de endorfina e dopamina, neurotransmissores produzidos no sistema nervoso central em resposta a atividades prazerosas, como o exercício físico, o riso, o fato de estar apaixonado, a música e a comida. Esses neurotransmissores agem no alívio da dor e na redução do estresse, promovem sensação de bem-estar e felicidade, e melhoram a qualidade do sono. O psiquiatra Antônio Egídio Nardi acentua que enfrentar dificuldades com bom humor também melhora a função do sistema imunológico, atuando como linha de defesa do organismo. “Pessoas mais positivas e bem-humoradas têm menor possibilidade de reações inflamatórias, doenças cardiorrespiratórias ou agressões ao funcionamento neuronal”, enumera.
Outros achados científicos apontam, ainda, que o bom humor auxilia uma recuperação mais rápida de lesões físicas, na queda de reincidência de doenças que demandam hospitalização em idosos, na redução do tempo de permanência hospitalar, na melhora da circulação sanguínea e no controle da pressão arterial. Além disso, promove relaxamento da musculatura diminuindo tensão e dores agudas, previne ansiedade e estresse e, assim, evita os sintomas da depressão. Algumas atitudes simples podem auxiliar no processo de conquista dos benefícios do bom humor. Dentre elas, buscar o lado positivo em situações adversas; fazer atividades que deem prazer como ler, cantar, dançar, ouvir música, jogar videogame, cuidar de plantas; tomar banho de sol; praticar atividades físicas regularmente; manter a higiene do sono e conviver com pessoas positivas e com boas energias. Os especialistas recomendam, ainda, evitar (quando possível) situações de estresse; não se levar tão a sério o tempo todo, permitindo-se ser mais feliz; buscar o lado positivo de situações que causem dor, angústia ou aborrecimento; e nutrir diariamente o otimismo e os sentimentos positivos, atitudes que proporcionam uma vida mais leve, feliz e longeva. •