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Resposta do sistema imunológico

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Febre: por que esperar três dias?

Escrito por: Elessandra Asevedo

Muitas vezes, os profissionais da saúde orientam que, em caso de febre, o ideal é esperar três dias antes de medicar. No entanto, essa orientação deixa muitas mães aflitas quando os filhos estão com a temperatura alta. No entanto, a orientação é comum porque a febre é uma resposta do sistema imunológico que detecta a presença de um agente invasor no organismo, como bactérias, vírus ou outros patógenos. Assim, desencadeia uma série de reações fisiológicas para combater a propagação do agente infeccioso.

O médico pediatra Walter Peres, professor do curso de Medicina da Faculdade Uniderp, destaca que a medicação precipitada pode ser um erro na maioria dos episódios de febre. “Esperar três dias antes de se preocupar quando a criança apresentar temperatura alta é crucial para uma abordagem mais racional desta condição tão frequente”, orienta. Este período de observação, para crianças em bom estado clínico geral, permite diferenciar entre uma febre passageira de origem viral e uma condição mais grave que exige atenção médica imediata.

De acordo com o médico, essa conduta vai evitar muitas idas desnecessárias aos pronto-atendimentos. “A febre, muitas vezes, é uma resposta do sistema imunológico a infecções virais e costuma resolver-se por conta própria, na maioria dos casos em até 72 horas”, acentua.

Esperar e observar

Para cessar a febre de forma natural, as orientações envolvem manter a criança confortável com roupas leves e assegurar a hidratação com líquidos, como água e sucos naturais. Além disso, dar banho morno e fazer compressas frias na testa ou axilas para auxiliar na diminuição da temperatura corporal. Já o uso de remédios precisa ser evitado, pois alguns medicamentos para baixar a febre podem ter efeitos colaterais indesejados, especialmente em pacientes pediátricos.

No entanto, o especialista salienta que o tempo de duração da febre não é o único parâmetro a ser monitorado. “Sintomas que possam indicar piora clínica da criança, como dificuldade para respirar, prostração, sinais de desidratação ou febre muito alta e persistente indicam a necessidade de uma avaliação pelo pediatra com maior urgência”, alerta.

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