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Células dos linfonodos sofrem mutações

• Conteúdos Semanais | Saúde

Linfomas apresentam boas chances de cura

Escrito por: Fernanda Ortiz

Fatores como febre persistente, suores noturnos, perda de peso inexplicável, fadiga e aumento de ínguas em regiões de pescoço, virilha ou axilas podem estar relacionados ao linfoma. Esse câncer com origem nos gânglios do sistema linfático ocorre quando as células dos linfonodos sofrem mutações genéticas, causando um crescimento anormal e descontrolado que se dissemina pelo organismo. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados aproximadamente 15.120 novos casos da doença para cada ano do triênio 2023-2025 no Brasil. Mesmo com grau de agressividade a depender do tipo da manifestação, os linfomas têm boas chances de cura. Portanto, estar atento aos sintomas é fundamental para o diagnóstico e tratamento precoces.

O sistema linfático é composto por órgãos, vasos, tecidos e linfonodos (gânglios linfáticos). Esse sistema produz e transporta os glóbulos brancos, células que combatem as infecções e participam do sistema imunológico. Entretanto, quando as células dos linfonodos sofrem mutações genéticas, surgem os linfomas. De acordo com a médica hematologista Carolina Wiggers, docente da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), o linfoma não é hereditário. Na verdade, o tumor inicia a partir de uma falha genética no desenvolvimento dos glóbulos brancos do tipo linfócitos.

“Fatores de risco ambientais, ocupacionais, comportamentais, de condições de saúde e genéticos têm sido associados aos linfomas. Assim como agentes infecciosos (vírus Epstein Baar, HTLV-I, HIV, Helicobacter pylori e hepatite C), exposição a agrotóxicos e radiação ionizante”, observa a médica. A neoplasia é classificada em dois tipos: Linfoma de Hodgkin (LH) e os Linfomas Não Hodgkin (LNH). O primeiro é caracterizado pela presença das chamadas células Reed-Sternberg que, ao contrário dos linfócitos B normais, são muito grandes e com muitos núcleos.

Já o segundo é heterogêneo, sendo composto por mais de 20 tipos distintos agrupados de acordo com a célula linfoide afetada (linfócitos B ou T) e a agressividade da doença. Segundo a médica, o LH é menos comum e com maior incidência em adolescentes, adultos jovens e idosos, mas apresenta melhor prognóstico. Os casos avançados podem, inclusive, ser curados em cerca de 70% dos casos. Por outro lado, os LNH são mais incidentes, agressivos e podem ter evoluções desfavoráveis. “Entretanto, se o tratamento for iniciado precocemente apresenta boas taxas de cura”, afirma.

Sintomas variados 

Os linfomas podem se manifestar de diversas maneiras, com sintomas que variam de acordo com tipo, estágio e localização dos linfonodos afetados. Alguns dos sintomas mais recorrentes são suores noturnos excessivos, emagrecimento sem causa definida, febre persistente, aumento dos gânglios linfáticos de pescoço, axila, virilha, abdome e mediastino (tórax). Além disso, o indivíduo pode apresentar fadiga, coceira intensa, sintomas respiratórios como falta de ar e tosse persistente, e sintomas gastrointestinais como náuseas, vômito, aumento de volume e dor abdominal. “A estratégia de diagnóstico precoce contribui para os melhores resultados do tratamento. Por isso, na presença dos sintomas é recomendável buscar atendimento médico especializado para uma melhor avaliação”, orienta a especialista.

Diagnóstico precoce

A partir da suspeita clínica, o diagnóstico é confirmado a partir da realização de exames laboratoriais e de imagem. Entre os exames para a detecção estão a biópsia excisional do tecido; análise histopatológica da lesão, complementada com imuno-histoquímica, imunofenotipagem e análise molecular; exames laboratoriais e de imagem, a exemplo do PET-CT, tomografias e ressonância magnética, para avaliar a extensão das lesões. Após a confirmação, a doença é classificada de acordo com o tipo de linfoma (indolente, de crescimento relativamente lento; ou agressivo, de alto grau e desenvolvimento rápido) e o estágio em que se encontra.

O tratamento é individualizado e depende de alguns fatores, como tipo específico de linfoma, estágio da doença, estadiamento (grau de disseminação), idade do paciente e estado geral de saúde. De acordo com a especialista, as opções podem incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia com anticorpos monoclonais, terapias-alvo específicas (para linfomas com alterações genéticas ou moleculares) e transplante de células-tronco hematopoiéticas. “Cada caso deve ser cuidadosamente avaliado e o plano de tratamento deve ser personalizado para atender às necessidades individuais de cada paciente. O linfoma é um câncer com chances importantes de cura. No entanto, o prognóstico aumenta com diagnóstico e tratamento precoces”, observa.

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