O Playfulness é um conjunto de práticas que atua como resposta para as incertezas, contradições e ambiguidades da modernidade que desencadearam uma onda de adoecimento psicológico dentro e fora do mundo corporativo. A técnica está relacionada com a habilidade de aprender a regular emoções, ampliar as habilidades sociais e redescobrir a satisfação com o trabalho e as atividades do dia a dia. Assim, é possível conquistar ganhos em produtividade na vida pessoal e profissional, sem comprometer a saúde emocional.
A imposição de manter a alta performance no trabalho e nas relações interpessoais desencadeou uma epidemia de adoecimento mental. Como resultado surgiu o adoecimento físico, tornando a síndrome de Burnout, o estresse, a depressão e a ansiedade diagnósticos cada vez mais comuns. “Essas doenças são efeitos colaterais de uma tensão emocional provocada pela falta de autonomia e por cobranças excessivas, inclusive a cobrança pela felicidade”, destaca o psicólogo Lucas Franco Freire, autor do livro ‘Playfulness! Trilhas para uma vida resiliente e criativa’ e professor convidado da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Enfrentamento
Como estratégia de enfrentamento do sofrimento, o Playfulness está ancorado em quatro pilares. O primeiro é a tensão criativa, quando o conflito se torna positivo e passa a mover a pessoa. O segundo é a resiliência estoica, capacidade de enfrentamento e de exercitar o controle sobre o que pode ser transformado. O terceiro é o flow, quando as experiências ótimas dão força de resistência em nome do movimento e da criação. Por fim, a ludicidade, quando a vida ganha mais alegria e não perde a leveza.
Assim, o Playfulness é alcançado quando se vive a plenitude do Play. A palavra inglesa pode ser traduzida como brincar, jogar, atuar, agir e estar na vida, com o entendimento que as adversidades também ensinam. A prática permite que cada pessoa passe a produzir com sentido e propósito. Em suma, que possa ressignificar as angústias como um degrau para o próprio desenvolvimento.
