Terapia a laser de baixa intensidade

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Terapia com laser para combater o zumbido

Escrito por: Elessandra Asevedo

O zumbido é um sintoma sem causa conhecida até o momento e sem medicamento específico. Por causa disso, em geral os médicos prescrevem sedativos, anti-histamínicos e antidepressivos para pacientes com essa queixa, com diferentes resultados. Em busca de possíveis tratamentos alternativos, pesquisadores brasileiros avaliaram o uso de terapia a laser de baixa intensidade (LLLT) para aumentar o fluxo sanguíneo regional, com base em pesquisas anteriores que sugerem a insuficiência microcirculatória como uma das principais causas do zumbido.

O zumbido é um problema no labirinto que pode ser causado por diversos fatores, como insuficiência da circulação sanguínea originada por embolia, hemorragia, diabetes, hipertensão arterial e distúrbios musculares. “Como a causa não é bem compreendida, o planejamento do tratamento é, muitas vezes, ineficaz e subjetivo para pacientes idiopáticos e para aqueles que não respondem à terapia convencional”, explica o professor doutor Vitor Hugo Panhóca, do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP) – autor do estudo. Portanto, é necessário desenvolver tratamentos personalizados que funcionem para pacientes idiopáticos e refratários.

Em busca de alternativas, a pesquisa do IFSC-USP com participação do Tyndall National Institute, da Irlanda, envolveu 107 voluntários do sexo feminino e masculino, de 18 e 65 anos, e com queixas de zumbido idiopático e refratário. Divididos em subgrupos, os participantes passaram por diferentes seções de terapia com laser. A técnica aplica luz na orelha interna com efeito de modulação inflamatória e aumento de irrigação periférica dos tecidos do órgão e ao redor, para eliminar o sintoma.

Resultados

Os resultados sugerem que houve redução do zumbido e que a terapia a laser de baixa intensidade pode atuar como um tratamento complementar, sendo mais uma alternativa para sanar o problema. No entanto, os pesquisadores afirmam que novos estudos envolvendo uma população maior de pacientes devem ser realizados para refinar os protocolos de terapia a laser de baixa intensidade.

Ademais, estudos futuros deverão investigar os efeitos a longo prazo da laserterapia em pacientes com zumbido, bem como a dosimetria, comprimento de onda e número de sessões. O estudo ‘Effects of red and infrared laser therapy in patients with tinnitus: a double-blind, clinical, randomized controlled study combining light with ultrasound, drugs and vacuum therapy

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