Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

Logo Yakult 90 anos - Site
enptes

• Matérias da Edição

| Matéria de capa

Diagnóstico clínico e terapêutica

Escrito por: Fernanda Ortiz

O diagnóstico da epilepsia é clínico, realizado a partir de um exame físico geral e do histórico detalhado pelo paciente. Além disso, o auxílio de uma testemunha ocular – ou seja, um familiar ou um conhecido que tenha presenciado ou registrado um ou mais episódios, é importante para que a crise seja descrita em detalhes. Informações sobre idade de início das crises, fatores precipitantes e predisponentes, ocorrência de uma ou mais auras (manifestação sensorial inicial), bem como sintomas, duração, frequência, intensidade, questões do período pós-ictal e intervalo entre as crises devem ser informados ao médico especialista para auxiliar o diagnóstico.

Além das descrições sobre as crises convulsivas, é importante reconhecer situa­ções que possam aumentar a suspeita clínica para causas ­externas ou condições indutoras. De acordo com a médica ­neurologista Carolina Machado Torres, febre e possibilidade de infecção do sistema nervoso central (sinais de meningite); reflexos anômalos, sugerindo lesão estrutural ou AVC; trauma cranioencefálico; uso de álcool ou drogas; intoxicações prévias; enfermidades crônicas que cursam com hipoglicemia, diabetes ou doença renal; desmaios e doenças neurológicas, cardiovasculares ou psiquiátricas não compensadas são fatores importantes na investigação clínica. “Especificamente no caso das crian­ças, a história deve ­envolver, ainda, a existência de eventos pré e perinatais, crises no período ­neonatal, crises febris ou qualquer outro episódio não provocado, assim como histórico de epilepsia familiar. Além disso, os médicos devem fazer análises complementares para confirmação do diagnóstico.

O eletroencefalograma (EEG) é o exame inicialmente indicado porque, quando alterado, é capaz de identificar o tipo e a localização da descarga elétrica inicial, orientando a classificação da síndrome epiléptica e a escolha do tratamento farmacológico. “Contudo, o exame pode apresentar alterações transitórias nas primeiras 48 horas, sendo recomendada sua realização a partir do terceiro dia e até, no máximo, um mês após a crise”, explica a neurologista pediátrica Daniela Fontes Bezerra. Entre os exames de neuroimagem, a resso­nância magnética apresenta-se superior à tomografia computadorizada, pois, além de avaliar lesões ­estru­turais, detecta alterações mais sutis como displasias corti­cais (relacio­na­das a epilepsias de difícil ­contro­le em crianças e adultos). Já os exames ­laboratoriais têm papel na investigação de outras causas desencadeadoras, a exemplo de hiperglicemia, hipoglicemia e distúrbios hidroeletrolíticos, entre outros.

O tratamento da epilepsia, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), é fundamental para o controle das crises e para que o paciente tenha uma vida produtiva. Existem diversos protocolos disponíveis para o tratamento da doença, o que possibilita individualizar a terapêutica conforme tolerâncias a fármacos e indicações específicas de acordo com o tipo de manifestação clínica. O objetivo principal é controlar as crises, o que ocorre com sucesso em até 70% dos pacientes que utilizam a medicação de maneira adequada. “Evidentemente, o sucesso do tratamento não depende apenas da abordagem farmacológica, mas requer um olhar integral, a compreensão da condição crônica, o apoio familiar e social, o combate aos estigmas relacionados à doença e a abordagem de comorbidades associadas, entre outros”, argumenta a neurologista pediátrica da FMABC, Daniela Fontes Bezerra.

DIREITOS RESERVADOS ®
Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização da Companhia de Imprensa e da Yakult.

Posts Recentes

• Mais sobre Matérias da Edição