Pesquisadores do Instituto Central Yakult

• L. Shirota

Experimento confirma efeito do LcS na evacuação

Escrito por: Adenilde Bringel

Mais de 50 mil comerciantes autônomos (CAs) – a maioria mulheres – atuam com os produtos da Yakult ao redor do mundo, especialmente na Ásia. Chamadas de Yakult Ladies no Japão, essas comerciantes são responsáveis pela entrega domiciliar dos produtos da marca diariamente. Além disso, consomem pessoalmente o leite fermentado em taxas elevadas. Para avaliar o efeito dos probióticos Lactobacillus casei cepa Shirota (LcS) e Bifidobacterium breve cepa Yakult (BbrY) para a melhoria da microbiota intestinal nas pessoas que consomem rotineiramente os produtos, pesquisadores do Instituto Central Yakult realizaram um experimento com 200 participantes.

A investigação baseou-se na hipótese de que a microbiota intestinal de mulheres que eram consumidoras regulares de produtos lácteos contendo os probióticos LcS ou BbrY seria influenciada por esses produtos. Os envolvidos foram 100 colaboradoras que moravam na província de Chiba ou na área metropolitana de Tóquio (grupo staff) e 100 mulheres da população em geral. Todas as participantes viviam em áreas semelhantes e tinham idades semelhantes. “Comparamos a microbiota intestinal das mulheres que ingeriam rotineiramente o leite fermentado com a de mulheres da população em geral que não tinham o hábito de ingerir probióticos”, detalham os autores.

O experimento foi realizado por um período de um mês no grupo staff, e por um período de três semanas no grupo geral. As participantes preencheram um questionário com perguntas sobre a frequência de evacuação, formato das fezes, esforço para evacuar, sensação de evacuação incompleta, dor abdominal, ingestão de produtos contendo L. casei Shirota ou BbrY ou ambos, e estado de saúde. As mulheres foram avaliadas por meio de amostragem de fezes e realização de um questionário sobre defecação. As fezes coletadas passaram por equipamento específico para extrair RNA e DNA total.

Análise

O formato das fezes foi avaliado usando a escala de Bristol – Tipo 1: pedaços duros separados, como nozes, difíceis de passar; Tipo 2: em formato de salsicha, mas grumoso; Tipo 3: como uma salsicha, mas com rachaduras na superfície; Tipo 4: como uma salsicha ou cobra, suave e macio; Tipo 5: bolhas suaves com bordas bem definidas, passadas facilmente; Tipo 6: peças fofas com bordas irregulares, fezes moles; Tipo 7: aquoso, sem pedaços sólidos, totalmente líquido. Além disso, para sintomas no momento da defecação e sintomas abdominais, os participantes selecionaram o mais apropriado número em uma pontuação de cinco escalas de O a 4 (O: sem sintomas, 1: leve, 2: moderado, 3: forte, 4: extremamente forte).

Resultados

De acordo com os pesquisadores do Instituto Central Yakult, as frequências de detecção de LcS e BbrY foram mais elevadas no grupo staff em relação ao grupo geral de mulheres. Além disso, as contagens de bactérias boas, incluindo Bifidobacterium, Clostridium grupo coccoides, grupo Bacteroides fragilis, Enterococcus e Lactobacillus, foram significativamente maiores no grupo staff. Da mesma forma, as frequências de detecção e contagens de bactérias patogênicas como Prevotella, Staphylococcus e C. perfringens foram significativamente mais baixas no grupo staff do que no geral.

“Nossos resultados demonstraram que a microbiota intestinal do grupo de mulheres que continuamente consome probióticos por um longo tempo tiveram contagens mais altas de bactérias benéficas, como Bifidobacterium, e contagens mais baixas de bactérias perigosas, como Staphylococcus e C. perfringens”, detalham os autores. Além disso, as fezes do grupo staff eram significativamente mais macias do que as do grupo geral. Esses resultados sugeriram que o consumo regular de produtos probióticos melhora a microbiota e o hábito intestinal nessas mulheres. O estudo ‘Maintenance of healthy intestinal microbiota in women who regularly consume probiotics’ foi publicado em 2014 no International Journal of Probiotics and Prebiotics.

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