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Crianças com anemias carenciais

• Matérias da Edição

Anemia é um problema global

Escrito por: Elessandra Asevedo

Definida pela Organização Mun­dial da Saúde (OMS) como a condição na qual o número de células vermelhas (eritrócitos) ou a concentração de hemoglobina no sangue está abaixo do normal, a anemia nutricional é o resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais. Além disso, pode ser definida como a diminuição da capacidade do sangue em transportar oxigênio ou, ainda, ser provocada por perda hemorrágica. Considerada um problema de saúde pública global, a condição afeta principalmente gestantes e crianças em países de ­baixa e média renda, com destaque para crianças menores de dois anos, meninas e mulheres de 15 a 49 anos, gestantes e mulheres no pós-parto. Dados de 2019 da OMS mostram que 40% das crianças de 6 a 59 meses de idade, ou seja, 269 milhões, foram afetadas pela anemia, com destaque para regiões africana e sudeste asiático. No entanto, levantamen­tos apontam que há um aumento da frequência de crianças com anemias carenciais também nos centros urbanos, mesmo em condições socio­econômicas satisfatórias. Neste caso, a condição muitas vezes está associada à obesidade e seletividade alimentar, e é chamada de fome oculta.

A anemia pode ocorrer por diferen­tes causas. Entretanto, a maioria dos casos é de anemia ferropriva, caracterizada pela deficiência de ferro, um nutriente essencial ao organismo e associado à produção de glóbulos vermelhos e ao transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos. “A anemia por carência de ferro é a mais prevalente na população mundial e atinge principalmente crianças, gestantes e idosos, que representam grupos vulneráveis e, por isso, estão mais suscetíveis aos prejuízos ocasionados pela deficiência deste nutriente”, esclarece a nutricionista Monica Assunção, presidente da Associação Alagoana de Nutrição e professora doutora da Faculdade de Nutrição da Universidade Fede­ral de Alagoas (UFAL). No entanto, a anemia megaloblástica também pode atingir crianças, embora seja pouco prevalente.

Apesar de ser considerada silenciosa nas fases iniciais, depois de instalada a anemia apresenta sinais e sintomas bem característicos. Entre os mais visíveis estão palidez cutâneo-mucosa, adinamia (redução da força muscular, debilitação muscular e fraqueza), diminuição da capacidade de aprendizado, retardo do crescimento, apatia (morbidez), perda significativa de habilidade cognitiva e mortalidade perinatal. De acordo com a médica nutróloga Tania Mara Perini, especialista em Nutrologia Pediátrica e docente dos cursos de pós-graduação da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), a condição pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo e motor das crianças.

“Desde o período pré-natal, a deficiência de ferro tem repercussões importantes e deletérias de longo prazo no desenvolvimento de habilidades cognitivas, comportamentais, de linguagem e capacidades psicoemocionais e motoras das crianças, sendo que o possível impacto negativo permanece por décadas mesmo após o tratamento”, explica a nutróloga. Como o desenvolvimento cerebral depende de um estado nutricional adequado em todos os sentidos – principalmente nos primeiros anos de vida –, e o ferro é um nutriente essencial para promover multiplicação celular e conexões entre as células nervosas, em casos extremos o desenvolvimento motor também pode ser prejudicado.

Dados nacionais

A nutricionista Maria Claret Costa Monteiro Hadler, professora doutora do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina e do Programa de Pós-graduação em Nutrição e Saúde da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Goiás (UFG), lembra que o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI 2019) mostrou que 10,1% das crianças brasileiras de 6 a 59 meses de idade apresentavam anemia. Essa prevalência variou de acordo com a região, com maior índice no Norte (17%) e Nordeste (11,9%). “Para essa faixa etária, a anemia é considerada um problema de saúde pública leve quando a prevalência varia de 5% a 20% na população. Porém, a faixa etária das crianças de maior risco é a de 6 a 24 meses de idade, cuja prevalência foi de 19%. A prevalência de anemia nas crianças menores de 2 anos foi significativamente maior do que na faixa etária de 2 a 5 anos”, pontua. Outra pesquisa mostrou que a anemia ferropriva materna foi associada com o aumento do risco de anemia na criança aos 6 meses e 12 meses de idade. Portanto, é importante prevenir e tratar a anemia desde a gestação.

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