Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

Logo Yakult 90 anos - Site
enptes

• Matérias da Edição

| Tecnologia

IA na detecção de câncer de mama

Escrito por: Elessandra Asevedo

O ­­­­câncer de mama é a ­segunda neoplasia maligna mais ­comum entre mulheres no Brasil. ­Quando os sintomas já são visíveis e palpáveis, a maioria dos casos é detectada em estágios avançados, o que dificulta o tratamento. Por isso, o rastreamento é crucial para a detecção precoce. A startup Huna, com apoio de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), está ­utilizan­do a inteligência artificial (IA) para ­otimizar a fila da mamografia, ajudando a priorizar mulheres de mais alto risco e aumen­tando a chance de detecção nas fases iniciais da doença. A nova técnica utiliza algoritmos de IA que interpretam exames de sangue de rotina para mapear o risco de uma mulher estar com a neoplasia.

A tecnologia servirá como ferramenta para que a mulher tenha prioridade no atendimento nos sistemas de saúde. “A detecção precoce aumenta as chances de cura para 90%, além de otimizar os recursos da área que é sobrecarregada em todo o País”, afirma Daniella Castro Araújo, doutora em Ciências da Compu­tação, CTO e cofundadora da Huna, responsável pelo estudo. O modelo foi pré-treinado para identificar as ­pacientes com maior risco de terem a doença. Para isso, foram utilizados dados retrospectivos de cerca de 500 mil brasileiras, com e sem câncer de mama – que fizeram exame de sangue juntamente com biópsia ou mamografia – para rotular uma base de resultados positivos e negativos para a neoplasia.

“Usamos algoritmos de IA para detec­tar o padrão no hemograma de mulheres que têm câncer de mama e saudáveis. Como os processos biológicos de doenças como o câncer não são lineares, por meio da IA é possível identificar os padrões complexos que ocorrem em vários marcadores do hemograma”, explica. A ferramenta é considerada uma estratificadora de riscos porque permite identificar, por meio da análise do hemograma completo, o risco de uma mulher ter a neoplasia em curto prazo. A ­vantagem da tecnologia com IA está no custo, pois basta ter o programa com o algoritmo no computador para fazer a análise do exame de sangue. A cientista afirma que já existem empresas criando ­métodos que identificam o DNA do tumor no sangue, mas o valor é alto.

A ferramenta não visa substituir os processos de rastreamento e ­diagnóstico existentes, mas ajudar a organizar e dire­cionar os esforços e recursos do sistema de saúde para as pacientes com maior risco. “Mamografia e ultrassom são padrão ouro para identificação preco­ce, mas só 20% das mulheres têm acesso. Com o algoritmo analisando um exame já realizado será possível identificar as pacientes com mais chances de desenvol­verem a doença, possibilitando ao plano de saúde ou ao Sistema Único de Saúde (SUS) dar prioridade no atendimento ou até mesmo orientar para que mantenham os exames em dia”, esclare­ce.

Caminho longo – Para o desenvolvimento do estudo foram analisados, de forma anônima, bancos de dados de exames de sangue, mamografias e biópsias usados para diagnosticar o câncer de mama no Hospital de Amor, em Barretos, interior de São Paulo, e na rede de laboratórios do Grupo Fleury. “Em comparação com o modelo de estratificação de risco clínico mais conhecido, o ­Tyrer­-Cuzick, o nosso apresenta desempenho ligeiramente melhor, com a vantagem de poder ser utilizado em larga escala em bases de dados laboratoriais”, acentua a cientista Daniella Castro Araújo. A inovação está em fase de testes em quatro opera­doras de saúde, e a ideia é rodar a prova de conceito no SUS e buscar aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, a tecnologia poderá ser utilizada para outros tipos de câncer, pois o algoritmo pode ser treinado utilizando banco de dados de diferentes enfermidades. •

DIREITOS RESERVADOS ®
Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização da Companhia de Imprensa e da Yakult.

Posts Recentes

• Mais sobre Matérias da Edição