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| Microbiota & Probióticos

Estudo com melatonina

Escrito por: Adenilde Bringel

Tanto a disbiose como os distúrbios na homeostase intestinal podem resultar em respostas desreguladas que são comuns nas doenças inflamatórias intestinais, e podem ser refratárias aos tratamentos (que incluem medicamentos biológicos). Para avaliar a hipótese de que o hormônio melatonina poderia ser uma alternativa terapêutica para essas doenças devido às interações conhecidas com respostas imunes e microbiota intestinal, pesquisadores do grupo da professora Cristina Ribeiro de Barros Cardoso, do Laboratório de Imunoendocrinologia e Regulação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FCFRP-USP) , avaliaram os efeitos da melatonina na colite experimental que evolui com disbiose intestinal, inflamação e translocação microbiana.

Nos camundongos com colite aguda, a melatonina aumentou os parâmetros inflamatórios clínicos, sistêmicos e intestinais. Durante a remissão, atrasou a recuperação, aumentou linfócitos efetores de memória e o mediador fator de necrose tumoral (TNF) – que é inflamatório – e diminuiu as células reguladoras do baço que fariam a regulação dessa inflamação excessiva. O tratamento com melatonina também reduziu Bacteroidetes, enquanto os filos Actinobacteria e Verrucomicrobia aumentaram. “Fizemos inúmeros experimentos e o fenótipo era sempre o mesmo e não batia com uma parte da literatura que afirma o benefício da melatonina para pacientes com colite”, relata a professora. No entanto, quando havia depleção da microbiota dos camundongos (que estava entrando em disbiose), ocorria a reversão da colite após administração de melatonina, incluindo uma contra-regulação da resposta imune, com redução de TNF e de macrófagos do cólon.

Além disso, houve diminuição de Actinobacteria, Firmicutes e, mais notavelmente, no filo Verrucomicrobia nos camundongos em recuperação, mostrando que o efeito prejudicial do hormônio estava relacionado à microbiota intestinal. Os resultados apontaram para uma potencialização da inflamação intestinal frente ao tratamento com o hormônio. “Parece que a melatonina no intestino age via microbiota de forma direta ou indireta. Pode ser que module o sistema imunológico no intestino e o sistema imune, por sua vez, module a microbiota de uma forma indireta, ou pode ser que aja diretamente nas bactérias. Esse é um achado muito importante e acendeu um alerta. Não podemos afirmar, com esses resultados, que todos os pacientes com doença inflamatória intestinal que usarem melatonina vão ficar piores, mas é uma bandeira vermelha que está levantada. Achamos muito importante que seja divulgado, porque a melatonina tem venda liberada no Brasil”, destaca.

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