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| Microbiota & Probióticos

Parceria internacional em busca de novas respostas

Escrito por: Adenilde Bringel

O Grupo de Pesquisa em Epilepsia Clínica e Experimental e o Grupo de Pesquisa em Microbiologia Aplicada, ambos do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), têm investigado o papel da microbiota intestinal na epilepsia por meio de estudos com animais. Em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Institute for Regenerative Medicine, da Texas A&M University, nos Estados Unidos, os cientistas publicaram um estudo que mostra uma correlação entre disbacteriose (desequilíbrio das bactérias boas do intestino) em animais epilépticos e metabólitos fecais dependentes das bactérias. De acordo com os autores, esses metabólitos influenciam a atividade cerebral epiléptica por aumentarem a inflamação crônica, levarem a um desequilíbrio inibitório-excitatório ou a um distúrbio metabólico.

A professora doutora Melissa Landell, coordenadora do Grupo de Pesquisa em Microbiologia Aplicada – cujo foco é o estudo do microbioma –, explica que a microbiota tem um papel importante na transmissão de sinais químicos para o cérebro. “Comprovadamente, um desequilíbrio das bactérias do trato gastrointestinal pode levar à ocorrência ou ao agravamento de doenças neuropsiquiátricas e neurodegenerativas. Em nossos estudos, partimos do princípio de que a microbiota intestinal e seus metabólitos-dependentes influenciam na manutenção da atividade epiléptica”, afirma. No entanto, uma vez que as alterações na microbiota de indivíduos com e sem epilepsia ainda não estão bem compreendidas, essa hipótese segue pouco explorada.

Para o estudo exploratório ‘Análise multiômica do microbioma intestinal em ratos com epilepsia do lobo temporal induzida por lítio-pilocarpina’, publicado em 2022 na revista científica Molecular Neurobiology, os pesquisadores avaliaram as mudanças na composição do metagenoma intestinal e do perfil metabolômico fecal em ratos antes e depois de serem submetidos à epilepsia do lobo temporal induzida por status epiléptico (SE/TLE). O sequenciamento de RNA ribossômico 16S (rRNA) das bactérias de amostras fecais revelou mudanças taxonômicas, composicionais e funcionais nos animais, com aumen­to significativo do filo ­Desulfobacterota e uma diminuição da Patescibacteria no grupo ­pós-TLE. “A análise de correlação metabólica ­microbiota hospedeiro mostrou que os gêneros diferencialmente abundantes em ratos pós-TLE estão associados aos metabó­litos alterados, ­especialmente os pró-­inflamatórios Desulfovibrio e Marvinbryantia, que foram enriquecidos em animais epilépticos e correlacionados positivamente com esses neurotransmissores excitatórios e metabólitos de carboidratos”, afirmam os autores.

O estudo também mostrou que ratos epilépticos apresentaram menos concentração de glicose e de ácido lático, assim como maior concentração de ácido glutâmico – ­diretamente relacionado ao metabolismo de carboidratos. Além disso, o aminoácido glicina, que desempenha funções fundamentais no sistema nervoso, estava concentrado em altas dosagens. “Esses dados sugerem que o direcionamento da microbiota intestinal pode fornecer uma nova via para prevenir e tratar a epilepsia adquirida. No entanto, a relação causal entre esses componentes microbianos e a ocorrência ainda precisa de mais exploração”, sugere a professora Melissa Landell. O estudo fez parte da dissertação de mestrado de Maria Eduarda Tenório de Oliveira, orientada pelo professor Daniel Gitaí, coordenador do Grupo de Pesquisa em Epilepsia Clínica e Experimental da UFAL. •

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