O acúmulo de gordura corporal pode desencadear menstruações irregulares e ciclos anovulatórios com capacidade de contribuir para diminuir a fertilidade. Isso ocorre porque o excesso de tecido gorduroso funciona como produtor de hormônios que afetam diretamente o ciclo menstrual. Além disso, , tendo relação direta com síndrome do ovário policístico e com alterações na qualidade do óvulo e na implantação do embrião no útero.
A médica ginecologista Silvia Joly, membro da Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR), pontua ainda que um dos riscos que a obesidade traz para uma possível gravidez é a falha de preparação do endométrio para receber o embrião. “Todos os meses, o endométrio cresce para receber um embrião e, caso não haja fecundação, a mulher menstrua. Isso faz parte da preparação da placenta que vai abrigar o bebê. Quando há falhas na preparação do endométrio, a placenta pode apresentar problemas, aumentando os riscos em caso de gravidez”, detalha.
A obesidade materna e o ganho de peso excessivo na gestação também elevam os riscos de diabetes gestacional, hipertensão e pré-eclâmpsia. Além disso, está envolvida no aumento do número de cesarianas, de hemorragia puerperal e de alteração do crescimento intrauterino, e expõe a criança a um maior risco de complicações em curto e longo prazo. Outro problema causado pelo excesso de gordura corporal na mulher grávida é a dificuldade de avaliar os órgãos durante os exames pré-natal.