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Febre do Oropouche

• Espaço Aberto

Oropouche é transmitida por arbovírus

Escrito por: Fernanda Ortiz

Caracterizada por febre alta, dor de cabeça intensa, fotofobia e dores musculares e articulares, a febre do Oropouche é uma doença viral aguda. Causada por um arbovírus, tem como principal vetor o Culicoides paraensis – popularmente conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Apesar da baixa incidência, o aumento no número de casos no último ano é preocupante. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), 9.722 casos foram confirmados no continente americano em 2025. O Brasil é o mais afetado, com 7.756 casos confirmados. Por ser uma doença pouco conhecida e com sintomas semelhantes aos da dengue e da chikungunya, a identificação frequentemente causa confusão.

A febre do Oropouche é uma doença de transmissão vetorial, ou seja, depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o inseto pode transmitir o vírus para indivíduos suscetíveis. Os sintomas incluem febre alta, fotofobia, irritação meníngea, náuseas, vômitos e dor de cabeça forte, assim como dores musculares, nas articulações e nas costas. “Geralmente, a doença fica curada entre duas ou três semanas. Entretanto, em alguns casos pode causar complicações mais graves como meningite ou encefalite”, comenta a médica infectologista Rebecca Saad, do Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (CEJAM), em São Paulo.

Além de serem confundidos com dengue e chikungunya, os sintomas da febre de Oropouche também podem ser parecidos com doenças febris agudas. Por isso, no início dos sintomas a recomendação é buscar imediatamente uma unidade de saúde. O diagnóstico envolve a detecção do material genético do vírus através do exame de Proteína C-Reativa (PCR) em tempo real. “Além disso, pode ser realizado o isolamento do vírus em culturas celulares, assim como a identificação de anticorpos específicos no sangue do paciente”, explica a infectologista. Esses exames são realizados através de técnicas laboratoriais, como o teste sorológico imunoenzimático ELISA (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay) e a inibição da reaglutinação.

Terapêutica atua no alívio dos sintomas

O tratamento é voltado para alívio dos sintomas e prevenção de complicações, já que não existe uma terapia antiviral específica aprovada para combater o vírus. A infectologista comenta que, além de repouso e acompanhamento médico, a abordagem terapêutica deve ser cautelosa para evitar o uso de medicamentos que possam piorar o quadro clínico. “Em situações, por exemplo, em que há também suspeita de dengue, os fármacos salicilatos devem ser evitados”, alerta. Esses medicamentos aumentam o risco de sangramento, assim como o desenvolvimento da síndrome de Reye. Essa doença rara e grave afeta todos os órgãos do corpo, especialmente o cérebro e o fígado. Geralmente, os sintomas se manifestam por cinco a sete dias, mas a recuperação total do paciente pode levar várias semanas.

Prevenção e esforço contínuo

Vários fatores estão associados ao aumento de casos. “A capacidade de os mosquitos transmissores se adaptarem a diferentes habitats, as mudanças no meio ambiente, o desmatamento e a movimentação populacional são elementos que contribuem para que o vírus se espalhe geograficamente”, descreve a especialista. Para prevenir a transmissão do vírus é necessário um esforço conjunto, o que envolve o controle dos mosquitos transmissores e a adoção de medidas de proteção individual. Assim, eliminar locais com água parada, onde os mosquitos se reproduzem; usar inseticidas e larvicidas; instalar barreiras físicas nas residências, como telas e mosquiteiros; usar repelentes e roupas que minimizem a exposição da pele poderão ajudar a evitar a proliferação dos mosquitos.

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