Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

Logo Yakult 90 anos - Site
enptes
Novos tipos de probióticos

• Matérias da Edição

| Matéria de capa

O caminho das investigações sobre a microbiota

Escrito por: Adenilde Bringel

Na perspectiva do diretor científico da Yakult Europa, Bruno Pot, a investigação sobre os organismos probióticos tradicionais no continente diminuiu gradualmente ao longo da última década –  talvez também devido às dificuldades em valorizá-los em termos de alegações de saúde. Em contraste, tem havido um aumento muito acentuado na pesquisa sobre a importância da microbiota, especialmente a microbiota intestinal. “Existem grandes consórcios como o projeto Flemish Gut, o projeto French Gut e o estudo Lifelines Cohort, para citar apenas alguns, que estão estudando em larga escala a microbiota de pessoas saudáveis e doentes (ou em risco), com o objetivo de encontrar diferenças sistemáticas que possam ajudar a entender melhor a importância de nossos microrganismos na causa de doenças ou no apoio à saúde”, acrescenta. Como consequência desta investigação, novos tipos de probióticos – Next Generation Probiotics – estão sendo estudados extensivamente quanto à sua segurança e ­funcionalidade. Entre os exemplos estão ­Akkermansia ­muciniphila, Faecalibacterium ­prausnitzii e Chistensenella minuta.

Assim, é de se esperar que esses microrganismos possam estar no mercado nos próximos anos, embora provavelmente como um produto médico e não como um alimento – uma vez que a maioria foi descoberta em relação a doenças. Para o diretor, o bom dessa pesquisa sobre microbiota é que, além do conhecimento gerado, as tecnologias e os bancos de dados desenvolvidos, assim como a padronização aprimorada, também ajudarão a entender ainda melhor os probióticos tradicionais, como os lactobacilos e as bifidobactérias. “Isso pode até levar a aplicações completamente novas para essas bactérias e, muito provavelmente, também a dossiês de alegações de saúde mais completos e aceitáveis”, acredita. 

Desafios

Apesar de todos os avanços, a pesquisa de probióticos ainda tem muitos desafios. Um deles é mostrar benefícios para a saúde em uma população já saudável. Além disso, cada indivíduo tem uma composição de microbiota diferente, tornando difícil prever o possível impacto de uma intervenção probiótica. “Por exemplo, uma pessoa com níveis já altos de bifidobactérias em seu intestino grosso pode ser menos afetada por um produto alimentício com bifidobactérias do que uma pessoa com níveis reduzidos ou baixos de bifidobactérias. Além disso, a microbiota também é muito propensa a muitos fatores de confusão como dieta, estresse, sono, viagens, idade, tabagismo, exercícios, sobrepeso ou diabetes, entre outros”, acentua o doutor Bruno Pot.

Por causa disso, o impacto de uma mudança completa de dieta pode ser mais drástico na microbiota do que a ingestão de uma linhagem probiótica, dificultando o estudo do impacto da cepa isoladamente. Além disso, as estações do ano podem interferir, pois o sistema imunológico será diferente no inverno e no verão, devido a mais desafios no inverno. Outra questão é a ingestão de medicamentos, especialmente antibióticos e inibidores da bomba de prótons (IBP), que são bem conhecidos por impactar diretamente a microbiota, influenciando também os resultados da pesquisa com probióticos. Por fim, a ­pesquisa em probióticos também requer equipes multidisciplinares.

“Como a cepa probiótica chega a um ecossistema complexo como o intestino, com várias centenas de espécies e 35 trilhões de outras bactérias, o modo de ação geralmente está ligado a múltiplos efeitos”, informa. A cepa probiótica pode interagir com o sistema imunológico, com a barreira intestinal, ser metabolicamente ativa no ecossistema e, por exemplo, produzir ácidos graxos de cadeia curta ou interagir com o metabolismo dos ácidos biliares, com efeitos fisiológicos e hormonais (como na sensação de fome ou saciedade). Além disso, por meio de um fenômeno chamado alimentação cruzada, pode impactar o crescimento de muitos outros microrganismos no ecossistema levando a outros efeitos na saúde. O diretor afirma que o Yakult ­International Symposia destacará alguns desses efeitos e, assim, poderá ajudar a desenvolver a pesquisa para ser mais eficiente e apoiar a aplicação futura em nutrição saudável para a população em geral.

DIREITOS RESERVADOS ®
Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização da Companhia de Imprensa e da Yakult.

Posts Recentes

• Mais sobre Matérias da Edição