Impactos para o sistema imunológico dos idosos

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Saúde dos idosos nas mudanças de temperatura

Escrito por: Fernanda Ortiz

O clima instável marcado por mudanças bruscas de temperatura pede mais atenção com a saúde dos idosos. Essa variação da amplitude térmica traz impactos para o sistema imunológico, diminuindo as defesas naturais do organismo e aumentando os riscos de doenças. Enquanto no calor os idosos tendem a sofrer com desidratação e hipertermia, durante o frio há uma maior incidência de doenças respiratórias como resfriados, gripes e, em casos mais graves, pneumonia. Para evitar que ocorra instabilidade no quadro clínico deste grupo específico, é preciso adotar ações que ajudem a criar um ambiente mais seguro, saudável e confortável.

A regra principal é que familiares e cuidadores estejam atentos a sinais de alerta, evitando impactos para o sistema imunológico. De acordo com o médico geriatra Omar Jaluul, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, os idosos são mais vulneráveis ao frio devido a razões fisiológicas. Entre os exemplos estão a diminuição da capacidade de regulação térmica, que faz com que sintam mais frio e estejam mais propensos a ter uma hipotermia. Além disso, a mobilidade reduzida pela rigidez nas articulações e nos músculos e problemas circulatórios e respiratórios aumentam os riscos. Dessa forma, as baixas temperaturas e o ar seco podem agravar especialmente doenças respiratórias crônicas, como asma e bronquite.

Em contrapartida, nos períodos mais quentes os idosos podem perder mais água pela urina em decorrência do uso de medicações para controle de doenças, como hipertensão arterial e diabetes. Esses fármacos podem desencadear quadros de desidratação ou hipertermia clássica, que é o aumento da temperatura corporal causado pela exposição excessiva ao sol e ao calor. “Portanto, sintomas como fraqueza, boca seca e amarga, tontura e vômito demandam atenção médica imediata”, orienta o médico. Em síntese, a ausência de cuidados pode agravar esses quadros, com risco importante de óbito.

O especialista destaca, ainda, que passar por consultas médicas periódicas é fundamental para o acompanhamento de doenças crônicas, ajuste de medicações e para garantir que o idoso esteja saudável mesmo nas mudanças climáticas. “Evidentemente, a presença de sinais de alerta como alteração de temperatura, pressão arterial, volume urinário, sonolência, confusão mental ou sintomas respiratórios devem ser relatados ao médico responsável para cuidado imediato”, finaliza.

Fique atento às recomendações! 

  • Estar em dia com todas as coberturas vacinais, não apenas para prevenir o aparecimento de doenças, mas para evitar a evolução de quadros mais graves.
  • Hidratação é fundamental, independentemente da temperatura. Embora pessoas idosas sintam pouca sede, familiares e cuidadores devem monitorar a ingestão de líquidos.
  • Manter uma alimentação saudável e equilibrada é fundamental para a manutenção da saúde.
  • Evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h.
  • Manter ambientes ventilados, arejados e frescos.
  • O frio e o ar seco podem causar ressecamento da pele. Portanto, utilize cremes hidratantes e protetores labiais para evitar rachaduras e irritações.

Enquanto nos dias mais quentes a recomendação é usar roupas leves, chapéus ou bonés, nos mais frios é importante cobrir bem as extremidades do corpo (áreas mais suscetíveis ao frio) com meias de lã, gorros e luvas.

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