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Protetor solar é essencial para os cuidados com a pele

Escrito por: Fernanda Ortiz

Recomendado por médicos de todo o mundo e respaldado por diversos estudos científicos que comprovam sua eficácia para a saúde, o protetor solar é item fundamental nos cuidados da pele e deve ser utilizado diariamente em todos os períodos do ano, faça sol ou chuva, mesmo em ambientes internos. Item obrigatório na medicina preventiva, protege as camadas da pele contra a radiação ultravioleta (UV) evitando envelhecimento precoce, queimaduras e o desenvolvimento do câncer de pele. A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) recomenda o uso de protetor solar com fator de proteção 30 (ou mais) para todas as pessoas, com reposição mais frequente naquelas com peles mais claras ou que estejam diretamente expostas ao sol entre as 10h e 16h.

De acordo com o médico oncologista Rodrigo Villarroel, coordenador do Comitê de Tumores de Pele da SBOC, existem três tipos de raios ultravioleta (UV). “O tipo C que, apesar de mais nocivo, é completamente absorvido na atmosfera; o B, equivalente a 5% dos UV recebidos, que penetra até a epiderme e está relacionado à produção de vitamina D; e o A, que corresponde a 95% dos UV que nos atingem, penetrando até a derme, sendo relacionado ao envelhecimento e ao câncer de pele”, explica. Os filtros UV podem ser divididos em inorgânicos (físicos) que refletem a radiação, e orgânicos (químicos), cuja ação é absorver a radiação. A maioria dos protetores solares existentes combina, em suas formulações, os dois filtros para atingir o Fator de Proteção Solar (FPS) adequado.

Como o uso de fotoprotetores reduz de forma significativa a quantidade de UVB que atinge a pele, teoricamente poderia haver interferência na produção da vitamina D. No entanto, o especialista enfatiza que a dose estimada de UVB necessária para a produção de 1000 UI (quantidade de doses) desta vitamina é muito baixa. “Estudos feitos no Brasil, por exemplo, já mostraram que a exposição ao ambiente externo por apenas 10 minutos diários (no meio do dia) sem a proteção, somente nas mãos e face, já é o suficiente para a produção de níveis adequados de vitamina D em uma pessoa de pele mais clara. Entretanto, a exposição neste horário sem proteção adequada tem o potencial de oferecer mais riscos do que benefícios, principalmente se ocorrer de maneira prolongada”, descreve.

O oncologista enfatiza, ainda, que a radiação ultravioleta tem valores maiores em latitudes geográficas menores, mas outros fatores como altitude, estação do ano, horário do dia e características meteorológicas, como a presença de nuvens e poluição atmosférica, podem influenciar a intensidade da radiação solar. “Apesar das variações de UV nas várias regiões do Brasil – com maior alteração no sul e sudeste –, os níveis de radiação UV em condições de céu claro são sempre muito altos em todas as estações do ano e em quase todo o território brasileiro. Portanto, alertar a população sobre a importância da adoção de medidas preventivas para cuidados com a pele com o uso diário de proteção solar pode reduzir as consequências indesejáveis de uma exposição excessiva ao sol”, conclui.

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