Musculatura do assoalho pélvico fortalecida

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Mitos e verdades sobre fisioterapia pélvica

Escrito por: Elessandra Asevedo

A fisioterapia pélvica reúne diferentes técnicas fisioterapêuticas utilizadas com a finalidade de melhorar o controle, a percepção e qualidade da musculatura do assoalho pélvico por  meio do fortalecimento. A técnica está diretamente ligada à saúde da mulher porque atua na prevenção de disfunções pélvicas e na reabilitação do assoalho pélvico. Além disso, melhora a qualidade de vida de mulheres com incontinência urinária e fecal, dor pélvica, endometriose e vaginismo, e ainda trata disfunções sexuais.

No entanto, a fisioterapia pélvica ainda é pouco conhecida e utilizada pelas mulheres por ser relativamente nova. A área foi reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) em 2009. A fisioterapeuta dermatofuncional e pélvica Marisa Marin explica os principais mitos e verdades sobre o assunto.

  1. A fisioterapia pélvica contribui para o bom funcionamento do sistema reprodutor feminino, além das questões urinária e fecal

Verdade. A fisioterapia pélvica trata da região da pelve, como o próprio nome diz, e tem o foco no assoalho pélvico, ou seja, urinária, canal vaginal e fecal. A técnica auxilia em queixas como escapes de urina, infecções de urina de repetição, cólicas menstruais, dores na relação sexual, preparo para o parto normal, dificuldade para evacuar, constipação e hemorroida, entre outras reclamações.

  1. A mulher pode sentir a vagina mais apertada pós-parto e, com isso, sentir dor na relação sexual?

Verdade. Essa queixa já foi observada tanto em mulheres no pós-parto via vaginal quanto no pós-parto cesáreo. Os exercícios e a massagem perineal podem ajudar. É preciso fazer uma avaliação com a fisioterapeuta pélvica para que isso não chegue a se tornar complicações maiores, como um vaginismo.

  1. A mulher pode sentir a vagina mais larga pós-parto?

Verdade. Mas existem exercícios na fisioterapia pélvica e recursos com aparelhos que ajudam a fortalecer a musculatura do assoalho pélvico.

  1. Incontinência urinária é coisa de mulher?

Mito. Homens também podem apresentar incontinência urinária, porém, é mais comum em mulheres.

  1. O acompanhamento só deve ser iniciado após a mulher engravidar?

Mito. É possível procurar a fisioterapia pélvica em qualquer momento da vida. A técnica  auxilia em diferentes queixas urinárias, sexual e fecal, por exemplo, baixa libido, constipação, dor na evacuação e hemorroida.

  1. Toda mulher que tem parto normal vai sentir a vagina mais larga?

Mito. A resposta da musculatura do canal vaginal após o parto vai depender de diversos fatores. Portanto, têm mulheres que se sentem mais largas, outras mais apertadas e algumas não sentem nenhuma diferença.

  1. Pilates e ioga tratam incontinência urinária?

Mito. O pilates e o ioga têm outros objetivos, mas não possuem recursos direcionados para o tratamento de incontinência urinária. No entanto, pacientes podem relatar que trataram o problema com essas técnicas, mas isso se dá por consequência do fortalecimento de outras musculaturas associadas à região do assoalho pélvico, como músculos do glúteo, interno de coxa, abdômen e a conscientização do assoalho pélvico.

  1. Os exercícios de fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico (MAP) dificultam o parto normal?

Mito. Já se sabe inclusive que o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico protege o canal vaginal de lacerações durante o parto.

  1. Fisioterapia pélvica é só para quem quer parto normal?

Mito. A fisioterapia pélvica tem um cuidado com o assoalho pélvico, que engloba a parte urinária, fecal e sexual. Entende-se que o processo de gestação já pode causar diversas alterações e disfunções nessa região, independentemente da via de parto. Assim, mulheres podem apresentar escapes de urina, hemorroida, constipação, dor na evacuação, dor na relação sexual, entre outras queixas, em qualquer momento da vida e a fisioterapia pélvica será indicada para tratar esses casos.

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