A chegada da terceira idade, determinada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a partir dos 60 anos, traz desafios específicos para a saúde ortopédica. Isso ocorre por causa da fragilidade muscular, diminuição dos reflexos e, consequentemente, pelos riscos de quedas que começam a aparecer – considerada a principal razão dos acidentes ortopédicos em pessoas com mais de 60 anos. Quanto mais envelhecem, maior a probabilidade de as pessoas terem uma musculatura mais fraca e suscetível a tropeços e quedas em atividades cotidianas.
De acordo com o médico ortopedista Fernando Tamanaga, do Hospital Ortopédico da AACD, em São Paulo, há cuidados que devem ser tomados nesta fase da vida para prevenir o surgimento de doenças que agravam os riscos de quedas. “Osteopenia e osteoporose são duas condições que tornam os ossos enfraquecidos e aumentam os riscos de quedas e fraturas, principalmente de quadril”, relata. A osteopenia é uma condição relacionada à perda de massa nos ossos de forma gradual, enquanto a osteoporose é a perda progressiva de massa óssea.
Os reflexos reduzidos comuns da idade, assim como algumas condições como a doença de Parkinson, também contribuem para a ocorrência de quedas. Nesse cenário, torna-se crucial a atenção a fatores ambientais como a presença de tapetes nos ambientes e o uso de calçados inadequados. Caso ocorra uma queda, é essencial priorizar a segurança do idoso. “Assim, deve-se verificar as vias aéreas, deformidades e sangramentos antes de tocar no paciente”, orienta o especialista.
Prevenção é o melhor remédio
O ideal é sempre prevenir as quedas e, para isso, o indicado é trabalhar o fortalecimento muscular por meio de exercícios como musculação e pilates, sempre orientados por profissionais. Além disso, é fundamental ter atenção aos detalhes no ambiente doméstico que atrapalham a mobilidade para evitar acidentes.
O uso de suplementos alimentares também é uma recomendação comum, especialmente com vitamina D, cálcio, zinco e ferro, para compensar déficits nutricionais comuns em idosos. Além desses cuidados, é necessário e muito importante o acompanhamento médico regular. “Os idosos também precisam adotar hábitos de vida que contribuam para a preservação da saúde ortopédica, como atividades físicas e alimentação adequada”, finaliza o ortopedista.