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Exercícios aeróbicos podem contribuir

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| Pesquisa

Benefícios para hipertensos

Escrito por: Fernanda Ortiz

A ­­­­prática de exercícios aeróbicos proporciona inúmeros benefícios à saúde, pois tem a capacidade de aumentar a aptidão cardiorrespiratória, melhorar o condicionamento físico e a imunidade, controlar o peso e os níveis de glicose no sangue, além de fortalecer músculos e ossos. De acordo com outro estudo conduzido na EEFE-USP, os exercícios aeróbicos podem contribuir, inclusive, para a regulação da pressão arterial de idosos hipertensos, especialmente em treinos realizados no período noturno. A explicação está relacionada à melhor regulação da sensibilidade barorreflexa, um mecanismo que controla mudanças bruscas na pressão arterial em curto prazo, e diminuição da atividade nervosa simpática, um mecanismo que controla a resistência vascular.

A hipertensão é uma doença crônica e multifatorial que afeta cerca de um terço dos adultos em todo o mundo. No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que a incidência chega a 27,9%. Embora a causa primária seja indefinida, essa disfunção é, entre outros mecanismos, ocasionada pela diminuição da sensibilidade barorreflexa que regula as mudanças de pressão, e por um aumento da atividade do sistema nervoso simpático que, no controle da pressão arterial, atua principalmente controlando a resistência vascular. De acordo com o pesquisador Leandro Campos de Brito, principal autor do estudo, um dos tratamentos não medicamentosos no controle da pressão arterial são os exercícios de característica aeróbica, como caminhar ou pedalar. “Ainda que os treinos matinais ofereçam benefícios, identificamos no estudo que apenas no período noturno houve um avanço no controle da pressão arterial de curto prazo, melhorando a sensibilidade barorreflexa com redução da atividade nervosa simpática”, observa.

A pesquisa teve participação de 23 pacientes de ambos os sexos, com idade superior a 60 anos, diagnosticados e medicados para hipertensão arterial por pelo menos quatro meses antes de iniciarem na pesquisa. Divididos nos grupos de treinamento matutino ou noturno, todos foram submetidos a exame clínico antes do início do experimento. “Por um período de 10 semanas, os idosos realizaram treinos na bicicleta ergométrica em intensidade moderada durante 45 minutos, três vezes na semana”, descreve o pesquisador, que atualmente é professor assistente de Pesquisa na Oregon Health and Science University, nos Estados Unidos. Durante os treinos foram avaliados parâmetros cardiovasculares como frequência cardíaca e pressão arterial sistólica e diastólica, para garantir a intensidade correta dos exercícios e a segurança dos voluntários.

Os dados para avaliar o efeito do trei­na­mento foram coletados em dias separa­dos, antes e após as 10 semanas de treinamento. Já a avaliação pós-treinamento ocorreu pelo menos três dias depois de os voluntários completarem a última sessão de treino. Além da pressão arterial de repouso, também foram analisados os mecanismos do sistema nervoso autonômico que ­controlam o funcionamento involuntário dos batimentos cardíacos e da pressão arterial. Ou seja, a atividade nervosa simpática muscular responsável por controlar o fluxo sanguíneo periférico por meio da contração ou relaxamento dos vasos no tecido muscular; e a sensibilidade barorreflexa cardíaca e simpática, descrita pela avaliação do controle da pressão arterial via alterações da frequência cardíaca e da atividade nervosa simpática muscular, respectivamente. “Ao examinar os dados, constatamos que os pacientes que realizaram o treinamento noturno exibiram melhora nos quatro quesitos analisados. Enquanto os idosos do grupo matutino não apresentaram índices reduzidos em nenhum dos pontos”, relata o pesquisador.

Controle cardiovascular

O treinamento aeróbico noturno foi mais eficiente em relação à melhora autonômica cardiovascular e à redução da pressão arterial, muito provavelmente por estar relacionado a uma resposta positiva da sensibilidade barorreflexa e da redução da atividade nervosa simpática muscular. O controle barroreflexo é um mecanismo atrelado a fibras sensíveis a deformações nas paredes das artérias localizadas no arco aórtico e no corpo carotídeo. O pesquisador explica que, se a pressão abaixa além do limiar de sensibilidade desse mecanismo, essa região manda uma informação para a área do cérebro que controla o sistema nervoso autonômico que, por sua vez, envia uma mensagem ao coração para bater mais rápido e às artérias para se contraírem com mais força. “Em contrapartida, quando a pressão aumenta, a mensagem é que o coração reduza o ritmo e que a contração das artérias seja menor, modulando a pressão arterial a cada batimento”, completa. O artigo ‘Evening but not morning aerobic training improves sympathetic activity and baroreflex sensitivity in elderly patients with treated hypertension’ foi publicado em fevereiro de 2024 no The Journal of Physiology. •

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