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Transtorno do espectro autista

• Microbiota

Psicobióticos em crianças com TEA

Escrito por: Elessandra Asevedo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é complexo, pois afeta o neurodesenvolvimento e é caracterizado por déficits sociais. A etiopatogenia é multifatorial e resulta de uma interação complexa entre fatores genéticos e ambientais. Entretanto, evidências acumuladas têm mostrado uma ligação entre alterações na composição da microbiota intestinal e sintomas neurocomportamentais e gastrointestinais em crianças com TEA.

De acordo com pesquisadores do Egito, certos gêneros de probióticos comumente usados – a exemplo de Lactobacillus e Bifidobacterium –, recentemente passaram a ser chamados de ‘psicobióticos’. Ou seja, são microrganismos vivos que, quando ingeridos em quantidades apropriadas, fornecem benefícios à saúde de indivíduos que sofrem de doenças mentais. Essas bactérias são capazes de produzir e fornecer substâncias neuroativas que atuam no eixo cérebro-intestino.

Além disso, os psicobióticos têm efeitos antidepressivos e ansiolíticos, caracterizados por mudanças nos índices neurológicos, cognitivos, emocionais e sistêmicos. Essas espécies alcançam esses efeitos através da modulação de redes neurais ligadas à atenção emocional, exercendo seus efeitos positivos na função cerebral. “Ademais, reduziram a gravidade dos sintomas do TEA através de seu efeito no restabelecimento do equilíbrio saudável da microbiota gastrointestinal e modularam os níveis de neurotransmissores teciduais”, sinalizam os cientistas.

Biomarcadores

Não há um perfil distinto definido de composição microbiana alterada no Transtorno do Espectro Autista. Por isso, os cientistas acreditam que a diversidade microbiana intestinal pode ajudar a identificar certos biomarcadores microbianos para o TEA. Assim, os pesquisadores egípcios realizaram um estudo para comparar a abundância relativa de L. plantarum, L. reuteri e B. longum no microbioma intestinal de crianças com desenvolvimento típico e crianças com TEA.

Além disso, buscaram correlacionar a distribuição dessas espécies com a gravidade e as deficiências sensoriais no autismo. As crianças com TEA foram avaliadas usando a Childhood Autism Rating Scale (CARS), enquanto as deficiências sensoriais foram avaliadas usando o Short Sensory Profile (SSP). “Ademais, o microbioma intestinal foi analisado usando teste PCR quantitativo em tempo real”, relatam. 

Resultados

O estudo revelou um aumento estatisticamente significativo na abundância relativa de L. reuteri e L. plantarum no grupo típico em comparação com crianças com Transtorno do Espectro Autista. Em relação à pontuação total do SSP de crianças com TEA, uma correlação negativa estatisticamente significativa foi encontrada entre Lactobacillus e L. plantarum com a subescala de resposta insuficiente.

“Nosso estudo destacou alterações em bactérias psicobióticas no intestino de crianças autistas em comparação com crianças com desenvolvimento típico”, pontuam os pesquisadores. Claramente, o impacto dessas alterações pode desempenhar um papel na gravidade e no comprometimento sensorial dos casos de Transtorno do Espectro Autista. Além disso, foi observado que os psicobióticos foram correlacionados com características específicas do TEA, mais do que outros tipos de bactérias.

Portanto, os autores recomendam avaliar o perfil do microbioma intestinal antes de considerar o uso desses psicobióticos. Ademais, pontuam que a análise em nível de espécie do perfil do microbioma intestinal de um indivíduo e dos sintomas clínicos deve ser avaliada antes da administração cega de probióticos nos casos de Transtorno do Espectro Autista. O estudo ‘Unraveling the relative abundance of psychobiotic bacteria in children with Autism Spectrum Disorder’ foi publicado no Scientific Reports em outubro de 2024.

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