A dieta nórdica, também conhecida como dieta escandinava, é um modelo alimentar fundamentado em tradições culinárias dos países como Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia. Projetada para manter a boa saúde, essa abordagem alimentar sustentável e ecologicamente consciente oferece inúmeros benefícios. Ao fortalecer o consumo de alimentos locais e sazonais, é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das dietas mais saudáveis do mundo.
De acordo com a nutricionista Marcia Xavier Santos, professora do curso de Nutrição da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, a dieta nórdica tem sido associada a diversos benefícios para a saúde. Entre os exemplos está a oferta de alimentos integrais, frutas, vegetais e peixes. “Por ser rica em ácidos graxos ômega-3 provenientes dos peixes, previne doenças como o diabetes”, descreve. Além disso, tem impacto direto na saúde cardiovascular, ajudando a reduzir os níveis de triglicerídeos e a melhorar a função cardíaca.
A ênfase em alimentos integrais, grãos e tubérculos ricos em fibras e com menor densidade calórica pode, ainda, contribuir para o controle do peso. “No entanto, precisamos lembrar que a perda de peso é influenciada por diversos fatores, como metabolismo, níveis de atividade física e genética”, observa. Por ter uma abordagem alimentar sustentável, a dieta nórdica também promove o consumo de alimentos locais, sazonais e cultivados organicamente, ou seja, de maneira ambientalmente consciente.
Em geral, a dieta nórdica é considerada uma escolha saudável e equilibrada com potencial para beneficiar muitas pessoas. “No entanto, é importante observar que as necessidades nutricionais são variáveis devido a fatores como idade, sexo, nível de atividade física, condições de saúde pré-existentes e metas específicas”, avalia a nutricionista. Dessa forma, a implementação da dieta deve ser avaliada por um especialista, que ajustará o plano para atender às suas necessidades individuais – especialmente se houver considerações de saúde específicas.
A dieta nórdica preconiza alimentos frescos, locais e sazonais ricos em nutrientes e antioxidantes. De acordo com a nutricionista, alguns alimentos característicos dessa dieta podem integrar o cardápio brasileiro, mas de forma sazonal devido às diferenças climáticas. Assim, enquanto os tubérculos, leguminosas e ovos estão disponíveis em abundância no Brasil, algumas frutas podem ser difíceis de encontrar em algumas regiões – a exemplo das vermelhas. Nestes casos, substituições podem ser indicadas pelo especialista em Nutrição.
Alimentos da dieta nórdica
- Peixes de águas frias: salmão, arenque, cavala e outros ricos em ácidos graxos e ômega -3.
- Grãos integrais: cevada, centeio, aveia, trigo integral entre outros que fornecem fibras, vitaminas e minerais.
- Vegetais/tubérculos: bagas, batatas, cenoura, repolho, couve-flor, brócolis, couve-de- bruxelas, espinafre, vegetais e frutas frescas – especialmente os ricos em antioxidantes.
- Frutas vermelhas: mirtilos, groselhas, cerejas, morangos, framboesas e amoras, que possuem vitaminas e antioxidantes, atuando na imunidade e em processos inflamatórios.
- Nozes e sementes de girassol e abóbora, entre outras, por serem fontes de gorduras saudáveis e nutrientes essenciais.
- Leguminosas: feijões, lentilhas e ervilhas são fontes de proteína vegetal e fibras.
- Gorduras saudáveis, a exemplo do óleo de canola e do azeite de oliva.