O check-up anual envolve uma série de testes e exames para avaliar a saúde e detectar possíveis problemas, muitas vezes antes que os sintomas se tornem evidentes. O hábito de consultas médicas regulares é fundamental para detectar enfermidades em estágios iniciais, aumentando as possibilidades de tratamentos menos complexos. Fazer este acompanhamento anual independe da idade, sexo ou condições físicas.
A enfermeira Claudia Bis Furlan, coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera de Ribeirão Preto, em São Paulo, ressalta que o check-up é essencial para qualquer pessoa que busca viver bem e com saúde. “Os exames de rotina prescritos visam entender e avaliar fatores de risco, histórico familiar e como podemos seguir cada acompanhamento clínico”, explica.
Os tipos mais comuns de exames prescritos durante uma consulta de rotina são os exames laboratoriais com amostras de sangue, fezes e urina. Além disso, é importante fazer uma avaliação psicológica e monitoramento de vacinas. Ademais, os exames cardiológicos, respiratórios, oftalmológicos, urológicos, de imagem para áreas diversas, e de mama e colo de útero devem fazer parte do check up.
De acordo com a enfermeira, essas metodologias permitem identificar a presença de diversas enfermidades em estágios iniciais. Dentre os exemplos estão doenças cardiovasculares, metabólicas, respiratórias, hepáticas e renais. Nesta lista estão, ainda, doenças infecciosas, distúrbios hormonais, deficiências nutricionais e alguns tipos de câncer. “Somente por meio dos exames é possível identificar as doenças em estágio inicial, podendo começar o tratamento mais cedo e de forma mais eficaz para, assim, aumentar as chances de cura”, orienta.
Cada caso é um caso
Homens e mulheres precisam, ainda, de alguns exames específicos. Por exemplo, a avaliação do aparelho reprodutivo feminino pode detectar precocemente miomas, tumores, alterações intestinais e câncer de mama. Já os homens, principalmente a partir dos 40 anos, precisam realizar dois testes exclusivos. O primeiro é o de toque retal, feito pelo médico urologista, e o outro é a dosagem de PSA, um exame de sangue que pode apontar alguma alteração na próstata.
Embora os especialistas orientem que o ideal é ir às consultas uma vez por ano, essa média pode variar dependendo das condições clínicas de cada paciente. “Caso a pessoa apresente alguma patologia como hipertensão, diabetes, taxas elevadas do colesterol, entre outras, esse período pode ser mais curto”, pontua a enfermeira.