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Prótese biocompatível para implantes oculares

Escrito por: Elessandra Asevedo

Acidentes ou doenças envolvendo os olhos, muitas vezes, levam à perda total do conteúdo do globo ocular, causando a perda da visão e o afundamento e fechamento da pálpebra. A prótese é a solução mais indicada, no entanto, a falta de material brasileiro e o alto valor dos produtos importados prejudicam muitos pacientes, que passam a ter problemas com a aparência e deixam de ter o convívio social. Em busca de uma solução nacional e utilizando um material vitrocerâmico biologicamente ativo, pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram uma prótese com valor mais acessível e com melhor resposta biológica.

A tecnologia vai ao encontro das necessidades de pacientes que perderam o conteúdo do globo ocular em acidentes ou por doenças, como tumor e glaucoma, e que precisam preencher o espaço para não perder a estética facial e, assim, melhorar o convívio social. “Mesmo que não seja possível fazer o paciente voltar a enxergar, a prótese colabora com a aparência, que tem grande importância no fator psicológico”, afirmam os autores do estudo.

A prótese é feita de biosilicato, material que tem como característica a capacidade para aderir ao tecido macio do paciente. Além disso, o biomaterial oferece uma resposta biológica melhor e adere ao corpo, que o reconhece como parte integrante e diminui o risco de deslocamento do implante intraocular. Outra característica inovadora da prótese é o formato cônico mais compatível com a geometria do globo ocular humano e que cria uma nova abordagem na área de Oftalmologia.

Para a nova tecnologia, os pesquisadores desenvolveram canais ao longo da prótese cônica com o objetivo de diminuir o peso, obter melhor resposta biológica e aumentar a área de contato do implante com o hospedeiro e a adesividade. Atualmente, a prótese mais utilizada para a substituição de olhos humanos é esférica, confeccionada com material plástico poroso importado e não tem resposta bioativa, pois o tecido cresce nos poros, cria uma cápsula fibrosa e se fixa.

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