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Estabilidade dos implantes dentários

• Probióticos

Probióticos como auxiliares na regeneração óssea oral

Escrito por: Adenilde Bringel

A regeneração óssea em Odontologia é um campo essencial para restaurar o tecido ósseo maxilofacial perdido por patologias como doenças periodontais, traumas ou infecções. Embora a colocação de implantes dentários seja uma solução eficaz para a perda de dentes, o sucesso do procedimento em longo prazo depende de vários fatores. Assim, uma das preocupações é garantir a saúde e a estabilidade dos implantes dentários, uma vez que o tecido ósseo está sujeito à remodelação sob a influência de várias condições. Mais recentemente, pesquisadores passaram a investigar de que maneira os probióticos poderiam desempenhar um papel fundamental neste processo.

Embora tenham sido usados mais especificamente para tratar alterações gastrointestinais, as pesquisas sugerem que os probióticos também poderiam ser úteis para superar os desafios associados à implantação dentária. “Probióticos atuam inibindo patógenos, promovendo a homeostase do tecido ósseo e facilitando a regeneração dos tecidos através da modulação da resposta imune e inflamatória”, afirmam pesquisadores espanhóis que desenvolveram um artigo de revisão sobre o tema.

Afinal, a cavidade oral, como parte do sistema digestivo, é suscetível aos benefícios potenciais dos probióticos. Por exemplo, já foi descoberto que esses microrganismos antagonizam patógenos e inibem sua virulência, desempenhando assim um papel positivo na manutenção da saúde bucal e na prevenção de doenças.

De acordo com os autores, numerosos estudos aplicaram probióticos no tratamento de doenças da mucosa oral, doença periodontal, cárie dentária, doenças periimplantares e até câncer oral. “Com recomendações de administração específicas, observam-se melhorias em nível clínico, microbiológico e inflamatório”, acentuam. Por este motivo, aproveitar o potencial dos microrganismos probióticos como estratégia para promover a saúde e a estabilidade dos implantes dentários parece ser uma abordagem viável.

Desafios 

A perda óssea marginal compromete a estabilidade dos implantes dentários, pois ocorre ao redor desses parafusos metálicos, que são fixados nos ossos maxilares ou da mandíbula. Os fatores que comprometem as doenças periimplantares e as reações inflamatórias associadas representam os desafios mais frequentes e clinicamente significativos nesta área da Odontologia. “Assim como o impacto da doença periodontal nos dentes naturais, a periimplantite representa obstáculos para a saúde dos implantes dentários”, informam os autores.

As doenças periimplantares são classificadas em mucosite periimplantar, que envolve apenas tecidos moles, e periimplantite, que envolve tecidos moles e duros. Em geral, se não for tratada a mucosite periimplantar pode progredir para periimplantite. “As doenças periimplantares podem causar danos aos tecidos moles e duros periimplantares e levar diretamente à falha do implante”, alertam os autores. 

Revisão

Os cientistas realizaram uma pesquisa eletrônica de ensaios clínicos randomizados publicados nos últimos 10 anos, em inglês e com texto completo. Estes estudos, disponíveis nas plataformas PubMed, Scopus e Cochrane, incluíam os efeitos do uso de probióticos na doença periimplantar. “Esta revisão teve como objetivo resumir os possíveis papéis dos probióticos na saúde e estabilidade dos implantes dentários, especialmente na regeneração/osteointegração óssea, tentando fornecer direções viáveis para pesquisas futuras”, apontam.

Todos os estudos revisados revelaram que probióticos como Lacticaseibacillus rhamnosus GG, Lactobacillus plantarum, Bacillus subtilis e proteínas extracelulares de Lactobacillus acidophilus mostraram efeitos positivos na promoção da osteogênese, regulação da inflamação e inibição da formação de biopelículas patogênicas. Em conclusão, os pesquisadores sugerem que a administração de probióticos como tratamento adjuvante à regeneração óssea mostra um grande potencial para melhorar a saúde e estabilidade do implante, assim como a regeneração óssea oral.

Apesar dessas comprovações, os autores ressaltam que são necessárias evidências clínicas adicionais para confirmar a eficácia e segurança dos probióticos no campo da cirurgia oral regenerativa. O artigo ‘El uso de probióticos como codayuvantes en procedimientos quirúrgicos de regeneración ósea oral: una Scoping Review’ foi publicado em 2025 na revista Avances en Odontoestomatología – vol.41.

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