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Microbiota intestinal e o câncer de bexiga

• Microbiota

Relação entre microbiota intestinal e câncer de bexiga

Escrito por: Fernanda Ortiz

O câncer de bexiga está entre os 10 tumores malignos mais comuns no mundo, representando uma ameaça significativa à vida e à saúde. A causa exata do seu desenvolvimento permanece desconhecida. Entretanto, pesquisas sugerem ligações com tabagismo prolongado, exposições ambientais e uso de medicamentos, entre outros. Recentemente, um estudo conduzido por pesquisadores chineses revelou haver uma significativa relação causal entre a microbiota intestinal e o câncer de bexiga.

Os cientistas identificaram a bactéria Bilophila como um iniciador chave da doença. De acordo com os pesquisadores, a descoberta esclarece o impacto potencial das vias metabólicas na patogênese da neoplasia. Além disso, esse achado poderá ser fundamental para o avanço do diagnóstico precoce e estratégias terapêuticas inovadoras.

O estudo empregou uma análise de randomização mendeliana (RM) de duas amostras para explorar a relação causal entre a microbiota intestinal e o câncer de bexiga. Os cientistas analisaram dados de sequenciamento do gene 16S rRNA vinculado em todo o genoma de 24 coortes, abrangendo 18.340 participantes de diversas etnias e faixas etárias da Europa, África e Ásia.

“Nessas coortes foram identificadas 211 unidades taxonômicas, incluindo 9 filos, 16 classes, 20 ordens, 35 famílias e 131 gêneros de variação genética associadas”, descrevem os autores. A RM foi empregada utilizando ponderação de variância inversa como o método primário. Além disso, as vias metabólicas associadas a essas microbiotas foram analisadas para entender seus papeis funcionais na patogênese da neoplasia. Análises de sensibilidade foram conduzidas para validar todos os resultados de RM.

Achados

A análise de RM identificou cinco táxons de microbiota intestinal com uma associação causal com a neoplasia. Especificamente relacionadas com o gênero Bilophila – um patógeno humano prevalente no trato intestinal distal. “O Bilophila é conhecido por sua capacidade de gerar sulfeto de hidrogênio (H2S) a partir de sulfitos. Além disso, desempenha um papel no ciclo sulfonato-enxofre em ambientes anaeróbicos e está notavelmente ligada ao enfraquecimento da barreira intestinal, inflamação e ao avanço do câncer colorretal”, observam.

De acordo com os autores, atualmente há uma relativa escassez de pesquisas sobre Bilophila e câncer de bexiga. Entretanto, o impacto potencial das vias metabólicas observado no estudo destacou o papel promotor de Bilophila na neoplasia. Os resultados das análises de RM de duas amostras apoiam, portanto, que mudanças no metabolismo de aminoácidos e NAD (transportador de elétrons para reações oxidativas nos compartimentos nuclear, citosólico e mitocondrial) podem influenciar o desenvolvimento da doença.

Outro achado importante foi a identificação dos papéis protetores de espécies como Enterobacteriaceae, Oscillibacter, grupo Ruminococcaceae NK4A214 e Enterobacteriales em indivíduos com a neoplasia. “Por meio da análise da via metabólica, elucidamos ainda mais como esses grupos microbianos podem influenciar a ocorrência e a progressão do câncer de bexiga”, avaliam. Assim, essas descobertas aprofundam a compreensão do eixo intestino-bexiga no desenvolvimento da neoplasia.

Ademais, os achados fornecem biomarcadores potenciais para o desenvolvimento futuro de novas estratégias de tratamento e prevenção da doença. “Ao estabelecer bases para explorar a complexa relação entre a microbiota e o câncer de bexiga, o estudo aponta a necessidade de novas pesquisas e validação dos resultados. O artigo ‘Causal relationship between bladder cancer and gut microbiota contributes to the gut-bladder axis: A two-sample Mendelian randomization study’ foi publicado em novembro de 2024 no periódico Science Direct – doi: https://doi.org/10.1016/j.urolonc.2024.10.014.

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