Antiga varíola dos macacos, a Mpox é uma doença viral transmitida por contato íntimo que tinha reservatório natural vindo da natureza, especialmente de pequenos animais e dos macacos. Entretanto, o vírus se transpôs para a espécie humana e tem uma transmissão mantida no continente africano. A transmissão ocorre pelo contato de pele ou mucosa com a lesão com certa durabilidade e intimidade. Outros objetos de uso comum, como roupas de cama, toalhas e vestuários também poderão veicular a doença, desde que em contato com lesões.
De acordo com o infectologista Evaldo Estanislau, professor da Universidade São Judas e gerente de Pesquisa Acadêmica da Inspirali, os sintomas começam com mal-estar, febre e lesões na pele que formam vesícula, ou seja, ficam elevadas, parecendo uma gota com líquido no interior. Essas lesões podem aparecer de forma muito discretas, até escondidas, com difícil visualização na região genital ou na parte interna da boca, e acabam sendo espalhadas na pele como um todo de forma disseminada.
A pessoa infectada deve cuidar para que essas feridas não se infectem e para que não levem a uma infecção secundária. “As alterações perduram entre alguns dias e poucas semanas, evoluindo para uma ferida e uma crosta que vão sumindo aos poucos”, detalha o especialista.
O diagnóstico precisa ser feito por um médico em um laboratório especializado, que irá coletar material da lesão, usar a técnica de PCR e identificar o vírus. Uma vez feito o diagnóstico, o tratamento é sintomático. Os infectados podem ser tratados com antivirais, mas também é importante isolar os pacientes até que tenham as suas lesões resolvidas.
Curiosidade
A Mpox era chamada de varíola do macaco, mas dava margem para interpretações equivocadas e até eventuais atos de crueldade contra os animais. Cientificamente, como hoje o mecanismo de transmissão é inter-humano, achou-se por bem adequar para Mpox – nome do vírus.
