As estimativas indicam que é difícil fornecer números exatos sobre a prevalência do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) devido à falta de estatísticas abrangentes em muitos países. Apesar disso, diversos estudos e relatórios sugerem um aumento significativo nos diagnósticos de TDAH em todo o mundo, incluindo o Brasil. E essa constatação é observada não só em crianças, como também em adultos.
Existem várias razões possíveis para esse aumento expressivo do diagnóstico. Uma delas é maior conscientização e entendimento do TDAH por parte de profissionais de saúde e da própria população, que tem buscado conhecimento sobre o transtorno. Assim, na medida em que a informação sobre TDAH se torna mais amplamente disponível, mais pessoas podem buscar avaliação e tratamento.
A psicóloga Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztejn, coautora da ferramenta de sondagem e intervenção psicopedagógica Ecos na Aprendizagem, enumera 10 tópicos que podem ajudar a identificar o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. “Ter um ou mais sintomas desta lista não significa que a pessoa tenha o transtorno, uma vez que o diagnóstico é feito apenas por médicos e profissionais habilitados levando em conta diversos fatores”, acentua. Porém, caso alguém se identifique ou conheça pessoas que possuam algum destes sintomas, a psicóloga orienta a busca de orientação médica.
Os 10 sinais que podem sugerir TDAH!
- Dificuldade em manter o foco: distração constante, problema de concentração em tarefas ou em manter a atenção em conversas.
- Hiperatividade: caracterizada por uma sensação constante de inquietação física e/ou mental, e uma necessidade de se mover ou tocar objetos continuamente. Dificuldade em ficar parado ou sensação de inquietação interna constante.
- Impulsividade: comportamentos impulsivos, como falar ou agir sem pensar nas consequências, dificuldade em controlar impulsos ou frequentemente tomar decisões precipitadas.
- Problemas de organização: dificuldade em organizar as tarefas diárias, como manter um calendário, cumprir prazos ou manter um ambiente de trabalho arrumado.
- Esquecimento frequente: dificuldade em reter informações relevantes ou lembrar-se de detalhes.
- Dificuldades acadêmicas ou profissionais: dificuldades em completar tarefas, falta de organização e problemas de atenção podem afetar negativamente o desempenho nessas áreas.
- Impaciência e irritabilidade: ficar facilmente frustrado, impaciente ou irritado em situações cotidianas.
- Dificuldade em seguir instruções e lembrar de múltiplas etapas de um processo: sentir-se perdido ou confuso quando recebe instruções ou tem dificuldade em seguir um plano.
- Problemas de relacionamento pessoais e profissionais: dificuldade em prestar atenção aos outros durante uma conversa, interrupções constantes ou mostrar-se desatento podem criar dificuldades nas interações sociais.
- Histórico familiar: parentes próximos, como pais ou irmãos, que foram diagnosticados com TDAH aumentam a probabilidade de ter o transtorno. Não é regra, mas há estudos que apontam que uma das possíveis causas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade tenha um componente genético.