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Diabetes mellitus tipo 2

• L. Shirota

Simbióticos como auxiliares na síndrome metabólica

Escrito por: Adenilde Bringel

Estudos mostram que as alterações na microbiota intestinal e seus metabólitos estão intimamente associadas à sensibilidade à insulina, secreção de incretina (substâncias produzidas pelo pâncreas) e homeostase energética. Assim, a microbiota intestinal tem atraído muita atenção em doenças metabólicas, como obesidade e diabetes mellitus tipo 2 (DMT2). Cientistas também já relataram a presença de disbiose intestinal e translocação bacteriana em pacientes com diabetes. Em um ensaio controlado randomizado subsequente, os pesquisadores descobriram que a administração de probióticos reduziu a translocação de bactérias intestinais para o sangue em pacientes com DMT2.

De acordo com os resultados deste ensaio, a administração de probióticos em pacientes com síndrome metabólica resultou em melhorias no índice de massa corporal, metabolismo lipídico e glicose. Além disso, os probióticos afetaram positivamente os marcadores inflamatórios, como a interleucina-6 (IL-6) – uma das citocinas com papel na regulação de diferentes processos fisiológicos e patológicos. Diante desses resultados, pesquisadores de diferentes centros de pesquisa no Japão, em conjunto com a Yakult Honsha, realizaram um estudo para investigar se a combinação de um ou mais probióticos e prebióticos – simbióticos – poderia conferir outros benefícios significativos no ambiente intestinal humano de pacientes obesos e com diabetes mellitus tipo 2.

De acordo com os autores do experimento, o tratamento simbiótico que consistiu nas cepas probióticas Lacticaseibacillus paracasei Shirota (LcS) – anteriormente Lactobacillus casei Shirota – e Bifidobacterium breve Yakult (BbrY), juntamente com galactooligossacarídeos (GOS), já preveniu significativamente complicações infecciosas pós-operatórias devido à redução da translocação bacteriana. “Assim, a hipótese é que os simbióticos inibem efetivamente a translocação bacteriana em doenças metabólicas e, posteriormente, podem reduzir a inflamação crônica”, sugerem.

Para confirmar a hipótese foi realizado um estudo controlado randomizado e intervencionista de 24 semanas. O experimento envolveu 88 pacientes obesos com diabetes mellitus tipo 2 divididos em dois grupos: controle (placebo) e simbiótico (composto por LcS, BbrY e GOS). O objetivo era investigar os efeitos da ingestão diária de um simbiótico na inflamação crônica, na microbiota intestinal, nos ácidos orgânicos fecais e na translocação bacteriana nesses indivíduos.

Achados importantes

Os efeitos do simbiótico na microbiota intestinal foram investigados quantitativa e qualitativamente usando RT-qPCR e análise de amplicon de 16S rRNA. O desfecho primário foi a mudança na interleucina-6. Já os desfechos secundários foram a avaliação da microbiota intestinal em fezes e sangue, ácidos orgânicos fecais, proteína C-reativa de alta sensibilidade, proteína de ligação ao lipopolissacarídeo e controle glicêmico. “A administração simbiótica por 24 semanas não afetou significativamente as mudanças na interleucina-6 desde o início”, descrevem os autores.

No entanto, 24 semanas após a administração simbiótica houve mudanças positivas nas contagens de Bifidobacterium e Lactobacillus totais. Além disso, houve mudanças na abundância relativa de espécies de Bifidobacterium – como B. adolescentis B. pseudocatenulatum – e nas concentrações de ácidos acético e butírico nas fezes. “Curiosamente, foi relatado que a metformina causa diretamente o crescimento de B. adolescentis e também de Akkermansia muciniphila. Ademais, B. adolescentis exibe atividade inibitória contra dipeptidil peptidase-4. Portanto, pode exercer efeitos antidiabéticos mediados por incretina e/ou desconhecidos via metformina”, descrevem. Algumas cepas de B. pseudocatenulatum também têm efeitos benéficos na inflamação e no metabolismo.

Resumidamente, em conjunto as bactérias que mostraram um aumento na abundância relativa em resposta à administração simbiótica podem desempenhar papéis importantes no metabolismo da glicose. “Embora não tenham sido encontradas alterações significativas nos marcadores inflamatórios no grupo simbiótico em comparação com o controle, a administração simbiótica melhorou pelo menos parcialmente o ambiente intestinal em pacientes obesos com diabetes mellitus tipo 2”, relatam os autores. O artigo ‘Effects of synbiotic supplementation on chronic inflammation and the gut microbiota in obese patients with type 2 diabetes mellitus: a randomized controlled study’ foi publicado em 2021 na revista Nutrients.

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