Envelhecimento da população brasileira

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Seis dicas para manter a saúde após os 60 anos

Escrito por: Elessandra Asevedo

O Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirma a tendência de envelhecimento da população brasileira. De acordo com os dados, os brasileiros acima de 60 anos de idade já são mais de 32 milhões de pessoas, totalizando 15,8% da população do País.

De acordo com a médica geriatra Jaqueline Mariani Papaiordanou, do Programa de Longevidade do Hospital São Luiz Itaim, em São Paulo, o envelhecimento da população brasileira é resultado de diferentes fatores. Dentre eles estão a queda da fecundidade e da taxa de mortalidade, os avanços da medicina e da farmacologia, assim como as políticas de saúde pública, como saneamento básico e vacinação.

“Neste cenário, mais importante do que a longevidade é a qualidade de vida, que vai permitir a essa população desfrutar da maturidade com saúde física e mental, dentro de sua plenitude,” pontua a especialista. De acordo com levantamento do Programa Longevidade D’Or no Hospital São Luiz Itaim, os cinco problemas de saúde mais frequentes identificados entre os pacientes são hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, artrose e osteoporose.

Outras doenças relacionadas com o envelhecimento da população brasileira são ansiedade, arritmia, câncer, depressão, hipotireoidismo, obesidade, acidente vascular cerebral (AVC), fraturas, dor crônica e síndrome demencial. A geriatra acentua que muitas dessas enfermidades estão diretamente ligadas aos hábitos adotados ao longo da vida, como sedentarismo, má alimentação, consumo de álcool e tabaco, entre outros. “Por isso, é essencial adotar, desde cedo, hábitos saudáveis e uma postura preventiva”, alerta.

Seis passos para manter a saúde na terceira idade

  • Atividade física – A prática de exercícios e o combate ao sedentarismo são os principais aliados na busca da qualidade de vida. Além do aumento de massa muscular, dando mais força e agilidade, ainda aperfeiçoa a capacidade cardiopulmonar, fazendo com que o idoso tenha maior autonomia, menor risco para doenças cardiovasculares e para quedas e, com isso, menor dependência.
  • Estimulo cognitivo – Com o passar dos anos, é notada uma diminuição na velocidade de raciocínio lógico e dificuldade de aprendizado, por isso, o estímulo cognitivo se torna tão importante. Jogos e atividades como memória, caça-palavra e sudoku, ou até mesmo aprendizado de novas línguas ou atividades musicais, são de extrema importância para o estímulo cognitivo.
  • Convivência social – Socialização é inerente ao ser humano, no entanto, pessoas idosas tendem a se isolar e evitar atividades sociais, muitas vezes tendo menor contato até mesmo com os familiares. A convivência diminui riscos de doenças como depressão e ansiedade, além de manter o idoso mais ativo.
  • Alimentação – O consumo de proteínas e alimentos saudáveis, como frutas, verduras e legumes, e o menor uso de alimentos industrializados e ultraprocessados são importantes em qualquer idade. Mas, após os 60 anos, mesmo com a diminuição do apetite, é fundamental garantir a correta nutrição, que auxilia na prevenção de doenças, disposição física e qualidade de vida durante o envelhecimento.
  • Sono – Pacientes com pouco sono ou baixa qualidade do sono tendem a ter mais quadros de ansiedade, diminuição de memória e irritabilidade. Dormir bem pode auxiliar, ainda, na diminuição dos riscos do uso indevido de medicações.
  • Prevenção – Realizar consultas e exames de rotina é essencial para identificar doenças de forma precoce. Na terceira idade, o médico geriatra é a melhor opção, pois avalia diversos aspectos físicos, psicológicos, emocionais e familiares, permitindo uma individualização do tratamento.

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