Quando se adoece, um dos sintomas mais comuns é a presença de muco (catarro) no nariz, que sinaliza potenciais doenças e condições de saúde que merecem atenção – de acordo com suas variações de cor. Produzido pelo sistema respiratório, o muco é uma secreção natural que, além de proteger o organismo de agentes infecciosos e poluentes ambientais, é responsável por auxiliar a lubrificação, umidificação e defesa da mucosa (pele do revestimento) da cavidade nasal.
“O muco é composto de água (90% a 95%), sais minerais, proteínas liberadas pelo corpo e células do sistema respiratório, incluindo nariz, garganta e pulmões. Em caso de infecções respiratórias, há ainda a presença de anticorpos e células de defesa em meio a essa secreção”, explica o médico otorrinolaringologista Cícero Matsuyama, coordenador geral da Residência Médica em Otorrinolaringologia do Hospital CEMA e diretor de cursos do Departamento de Otorrinolaringologia da Associação Paulista de Medicina (APM) e da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Quando as vias aéreas sofrem ataques, por exemplo, do vírus da gripe, o muco passa por uma transformação para tentar expulsar o agente invasor.
A cor, o aspecto e até mesmo o cheiro podem ser indicativos da saúde respiratória. “O muco nasal esbranquiçado sem cheiro é uma secreção normal que ajuda na lubrificação, umidificação e defesa do organismo. Claro/transparente (coriza) pode estar relacionado a processos alérgicos, especialmente rinites; amarelado pode indicar processos infecciosos, como gripes e resfriados. Se não tiver cheiro pode ser provocado por afecções benignas, mas, com um pouco de odor, pode ser infeccioso. Já os esverdeado/acastanhado são os mais preocupantes, podendo indicar processos infecciosos mais sérios, especialmente se contiverem laivos de sangue”, detalha. No caso de mudanças significativas na secreção nasal acompanhadas de outros sintomas, um médico deve ser consultado.
