LcS sobrevive nas fezes

• L. Shirota

LcS sobrevive nas fezes de adultos saudáveis

Escrito por: Adenilde Bringel

Cientistas da Griffith University, na Austrália, desenvolveram um experimento com 25 jovens saudáveis. O objetivo era determinar se a cepa Lactobacillus casei Shirota (LcS) poderia ser recuperada nas fezes ​​após a ingestão de uma bebida láctea fermentada. O estudo desenvolvido em parceria com o Instituto Central Yakult, no Japão, mostrou que o LcS sobrevive nas fezes.

Assim, o experimento envolveu homens e mulheres com idades entre 29 e 36 anos. Cada voluntário ingeriu um frasco de 65ml de leite fermentado contendo LcS diariamente, durante 14 dias. Em síntese, os participantes forneceram uma amostra fecal no dia 0, dia 7 (meio da suplementação), dia 14 (fim da suplementação) e 14 dias após a interrupção do suplemento (dia 28) para avaliação do número de LcS viáveis.

Em seguida, a análise foi realizada através de cultura microbiana em meio seletivo com confirmação. Os cientistas usaram uma reação em cadeia da polimerase direta em colônia e primers específicos para espécies. “Em suma, os resultados mostraram que o alimento fermentado foi bem tolerado pelos participantes”, resumem os cientistas.

Nenhuma colônia de LcS foi recuperada dos participantes antes da ingestão da bebida láctea fermentada. No entanto, todos apresentaram colônias de LcS recuperáveis no dia 7 e no dia 14. “Com esse experimento, conseguimos comprovar que o LcS vivo é recuperável nas fezes de adultos australianos saudáveis após a ingestão diária de uma bebida láctea fermentada”, concluíram os autores. O estudo ‘Recovery of Lactobacillus casei strain Shirota (LcS) from faeces with 14 days of fermented milk supplementation in healthy Australian adults’ foi publicado no Asia Pacific Journal of Clinical Nutrition, em 2019.

Definição

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, probióticos são definidos como microrganismos vivos que, quando ingeridos em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde. Por conseguinte, uma medida fundamental para classificar as bactérias como probióticos é avaliar a capacidade que têm de sobreviver à passagem pelo suco gástrico do estômago, ou seja, chegando vivas ao intestino e sendo recuperáveis nas fezes.

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