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Inovação no tratamento da HBP

Escrito por: Fernanda Ortiz

Uma tecnologia inovadora passou a ser utilizada no Brasil para o tratamento da hiperplasia benigna prostática (HBP) – conhecida como aumento da próstata. O Rezum – Terapia de Vapor de Água – é um procedimento endoscópico minimamente invasivo que proporciona melhora significativa e sustentada de sintomas do trato urinário inferior. Além disso, proporciona rápida recuperação e a preservação da função sexual em mais de 90% dos casos.

Condição prevalente entre os homens acima dos 50 anos, a HBP acontece à medida que a glândula prostática aumenta e comprime a uretra. O problema leva a sintomas desconfortáveis, a exemplo de redução do jato urinário, esforço para iniciar a micção e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, além da necessidade de urinar várias vezes à noite. Portanto, interfere diretamente na qualidade de vida.

Indicado para pacientes com obstruções de grau moderado de HBP, o tratamento realizado em regime ambulatorial tem resultados promissores. “É algo inovador que vai auxiliar na redução da morbidade das intervenções e na promoção de uma desobstrução adequada para indivíduos sintomáticos ou para aqueles que não estejam respondendo ao tratamento medicamentoso”, explica o médico urologista André Berger, coordenador do Núcleo de Cirurgia Robótica do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, uma das instituições pioneiras no uso da tecnologia no País. Com a técnica, em 93% dos casos a ejaculação é mantida sem prejuízos, além de não apresentar riscos de sangramento ou necessidade de internação.

A terapia consiste em uma sonda que é inserida na uretra do paciente para a aplicação de vapor de água a mais de 100°C. Ao entrar em contato com o tecido prostático – com temperatura média de 36°C –, provoca um equilíbrio térmico. Como resultado, há redução de até 48% do tamanho da glândula. “O procedimento é rápido, indolor e realizado apenas com sedação leve, sem necessidade de anestesia geral”, explica o especialista.

Após o procedimento e a retirada da sonda (dias mais tarde), o paciente pode sentir ardência ao urinar. Mas, em breve estará recuperado. A indicação de medicamentos também pode ser prescrita pelo médico responsável, se necessário. Aprovada em 2022 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a tecnologia está disponível em poucos hospitais privados do País.

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