Podcast: Uma ameaça ao envelhecimento saudável 

Estimativas indicam que até 2050 haverá 150 milhões de pessoas com demência no mundo. A maior parte estará em países de baixo e médio desenvolvimento socioeconômico, onde os casos podem crescer até cinco vezes. Um estudo recente desenvolvido por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo e do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em parceria com cientistas de quatro outros países, aponta que aproximadamente 40% dos casos de demência em todo o mundo são atribuíveis a 12 fatores de risco potencialmente modificáveis. A proporção atribuível a esses riscos na América Latina permanece desconhecida, embora a região registre a maior incidência de demência do mundo – 8,5% das pessoas com mais de 60 anos. De acordo com a geriatra e presidente da Associação Brasileira de Alzheimer, Celene Pinheiro, embora a ciência ainda não saiba exatamente como a demência se instala, identificar esses fatores de risco é a melhor forma conhecida de prevenção. A médica ressalta que, quanto mais cedo as medidas forem adotadas, melhor será o resultado.