Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

Logo Yakult 90 anos - Site
enptes

• Matérias da Edição

| Especial

Disfunção na doença inflamatória intestinal e aterosclerose

Escrito por: Adenilde Bringel

A doença inflamatória intestinal (DII), composta pela doença de Crohn (DC) e colite ulcerativa (UC), é caracterizada por inflamação crônica associada à disfunção imunológica intestinal e ruptura da integridade da barreira intestinal. Alguns estudos recentes e ensaios clínicos têm mostrado que os probióticos poderiam ser usados como um novo agente terapêutico para prolongar a remissão. No entanto, uma vez que as cepas probióticas são conhecidas por envolverem interação altamente complexa com microrganismos comensais e/ou o hospedeiro, desmistificar o mecanismo subjacente de probióticos benéficos ainda é um ­grande desafio. Por isso, pesquisadores do Department of Advanced Convergence, Handong Global University, na República da Coreia, desenvolveram um estudo com cepas probióticas selecionadas com base em sua segurança e funcionalidade.

O objetivo do estudo ‘Discovering functional probiotics protecting against inflammatory bowel disease’ era a estabilização da microbiota e a busca de um potente candidato a probiótico para a DII. Para o experimento, foram usados quatro modelos de camundongos fêmeas C57BL / 6J livres de patógenos específicos (germ-free) – um para cada análise. Inicialmente, a investigação científica envolveu 58 candidatos a probióticos. No término das análises, seis probióticos sobraram como possíveis candidatos e as cepas Limosilactobacillus fermentum 858 e ­Latilactobacillus curvatus 391 foram selecionadas como potenciais probióticos contra colite.

“Ao final, a administração de ­Limosilactobacillus fermentum 858 ou Latilactobacillus curvatus 391 ­melhorou a perda de peso corporal induzida, encurtamento do comprimento do ­cólon, características histopatológi­cas e expres­sões moduladas de citocinas pró-­inflamatórias e proteínas da junção apertada intestinal relacionadas a sintomas de DII”, relata o pesquisador professor Wilhelm Heinrich ­Holzapfel.

Além disso, a população de células T reguladoras induzíveis (Nrp-1-Helios-Foxp3+) no tecido do cólon foi significativamente aumentada no grupo tratado com Limosilactobacillus fermentum 858. O uso das cepas também aliviou a disbiose da microbiota intestinal e alterou a composição dos metabólitos. Os ­resultados mostraram que, em conjunto, a proteção de ­Limosilactobacillus fermentum 858 e ­Latilactobacillus curvatus 391 contra a colite seria um efeito abrangente mediado por mecanismos dependentes da microbiota e direcionados ao ­hospedeiro.

Biomarcadores

Na aula ‘Microbiome and atherosclerosis biomarkers or how we could prevent age- and stress- relevant diseases individually’, a pesquisadora principal Nadiya Boyko, chefe do Departamento de Disciplinas Médicas e Biológicas da Uzhhorod National University, na Ucrânia, lembrou que existe uma enorme variabilidade de microbiomas humanos e, de fato, ainda não há consenso médico sobre a definição uniforme do que significa microbioma saudável e o que significa disbiose real. Portanto, para obter respostas concretas sobre biomarcadores microbianos, é necessário desenvolver estudos prospectivos de observação e intervenção.

“Estamos fazendo estudos de coorte com uma variedade diferente de pessoas focadas em algumas condições como aterosclerose, estresse, transtorno de estresse pós-traumático e doenças relevantes para a idade. Para isso, estamos usando nossos instrumentos preliminares desenvolvidos, como bancos de dados de compostos bioativos vegetais, bancos de dados clínicos específicos e nosso algoritmo exclusivo chamado sistema de informação para diagnósticos individuais precisos e correção individual do microbioma, direcionado para prevenção e tratamento de doenças não transmissíveis com produtos farmacêuticos recém-desenvolvidos e nutrição individual”, descreve.

O algoritmo foi aplicado para correção direcionada de diferentes composições de microbioma, específicas para o estágio da doença com base no perfil ômico individual por nutrição individual, recomendação de atividade e reabilitação físico-psicológica, retransmissão do estilo de vida e poluição, entre outros. Na análise genômica, aproximadamente 400 gêneros microbianos foram identificados e 70 foram identificados em nível de espécie.

Com isso, o grupo de pesquisa da Uzhhorod National University descobriu marcadores únicos de inflamação crônica e elasticidade vascular (um número aumentado de Oscillospiraceae UCG-002, Fusicatenibacter, Erysipelotrichaceae UCG-003, Christensenellaceae grupo R-7, Monoglobus, ­Muribaculaceae, Coriobacteriales, Anaerovoracaceae e Eggerthellaceae) e novos biomarca­dores de sintomas precoces desses distúrbios (Veillonellaceae, Muribaculaceae, WPS-2 Archaea, ­Succinivibrio, Elusimicrobium, Akkermansiaceae e Bacteroides).

“Descobrimos que todas essas bactérias têm taxas realmente significativas e podem ser priorizadas como gatilhos para o desenvolvimento da doença aterosclerótica”, afirma. De acordo com essa fundamentação, a correção do microbioma por vários bióticos é proposta com base nos princípios da Medicina 4P (Prevenção, Predição, Participação e Personalização), e alguns já estão sendo produzidos  na Ucrânia e Bulgária. As pesquisas são apoiadas pelo Ministério da Ciência e Educação da Ucrânia.

DIREITOS RESERVADOS ®
Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização da Companhia de Imprensa e da Yakult.

Posts Recentes

• Mais sobre Matérias da Edição